Diante de um cenário de instabilidade, o mercado financeiro assistiu a mais uma alta do dólar nesta terça-feira, 22. A moeda atingiu o valor de R$ 4,053 por volta das 13h, configurando a maior cotação desde a criação do real. O dólar comercial, utilizado em transações internacionais, atingiu os valores de R$ 4,056 para compra e de R$ 4,058 para venda, prejudicando alguns setores.

As indústrias importadoras, por exemplo, veem o preço da matéria-prima que utilizam dispararem no mercado e são obrigadas a repassarem para o consumidor. A ideia também se aplica aos produtos comprados fora do país para revenda aqui, como os chineses, diminuindo o lucro dos empresários. Além disso, a alta do dólar reflete na inflação e atinge diretamente o bolso do consumidor, que precisa pagar mais caro pelos produtos.

A situação, entretanto, não é ruim para todos e alguns setores são bastante beneficiados. Exemplo disso, são as empresas exportadoras, pois gastam em reais para produzir e recebem em dólares. A desvalorização da moeda brasileira torna os produtos mais competitivos no mercado externo, por conta dos baixos preços. As que produzem e vendem no Brasil também têm vantagens, pois com o encarecimento dos importados, elas podem vender mais barato.

O dólar de turismo teve um aumento maior que o comercial, sendo vendida a R$ 4,50 (cartão pré-pago) e a R$ 4,30 (papel-moeda já com IOF). Como resultado, os gastos de brasileiros em viagens internacionais diminuíram em 46% em agosto, com relação ao mesmo mês do ano passado, estimulando as viagens nacionais. Para compreender o porquê, basta pensar nos altos encargos do cartão de crédito e os preços das passagens.

Com informações da Folha de S. Paulo, O Globo e G1.

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