A moeda norte-americana segue em alta nesta quarta-feira, 24, atingindo novo recorde com o valor de R$ 4,15. Na tentativa de conter essa escalada, o Banco Central (BC) anunciou mais duas intervenções no câmbio com leilões de contratos de swap cambial. A medida, no entanto, não foi o suficiente para frear o dólar diante das dúvidas em relação ao governo Dilma, dificuldade no controle das contas públicas e a crise global.

Por volta das 15h25 (horário de Brasília), a cotação do dólar comercial chegou a R$ 4,124, apresentando um aumento de 1,72%. O valor diminuiu um pouco após a primeira intervenção do BC, mas logo recuperou a força. O dólar financeiro fechou o dia com valorização de 2,03%, com o valor de R$ 4,136. Ambas representando o maior valor desde a criação do Plano Real.

De acordo com o BC, a alta volatilidade da moeda não está relacionada com a saída de capitais. A instituição apresentou dados referentes até o dia 18, segundo os quais US$ 593 milhões deixaram o país em operações financeiras em setembro, mas foram compensados pelos US$ 976 milhões obtidos com o comércio exterior.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, comentou o resultado da reunião com a agência de risco Fitch com o objetivo de evitar o rebaixamento da nota do país. Ele afirmou que a reunião foi positiva, pois os funcionários da agência saíram convencidos de que o governo “tem compromisso com a estabilidade”.

Com informações da Folha de S. Paulo e Agência Brasil.