O diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, defendeu nesta quinta-feira (7) que os países ricos e em desenvolvimento se concentrem em quatro pilares para equilibrar a economia mundial e fugir de eventuais ameaças causadas por crises financeiras. Segundo ele, os pilares são “desafios” e incluem medidas referentes ao rigor fiscal, à recuperação do mercado de trabalho, à regulamentação do sistema financeiro e à ampliação da cooperação global.

Para o diretor-geral do FMI, os esforços feitos até o momento surtem resultados positivos, mas devem ser intensificados, pois a recuperação ainda é frágil. “A recuperação está claramente acontecendo. Mas ainda muito frágil. É frágil em parte porque é desigual”, disse Strauss-Kahn. “Quando se olha para a Ásia e para a América do Sul, o que se vê são taxas de crescimento muito elevadas e, obviamente, para estas partes do mundo, a crise acabou”, disse.

O assunto é tema das reuniões do FMI que antecipam as sessões formais do fundo e do Banco Mundial, que ocorrem a partir desta sexta-feira (8) até domingo (10). Participam das discussões ministros da Fazenda, presidentes de bancos centrais e representantes do setor privado, em Washington. Os dados são do Fundo Monetário Internacional.

No que se refere à dívida, a recomendação do FMI é que os governos adotem o máximo rigor possível em defesa da recuperação econômica e do estímulo ao setor privado. Porém, o fundo evita dar uma recomendação em tom imperativo, portanto a ideia é que cada governo avalie a situação do país e decida se segue a sugestão.

O segundo desafio, segundo Strauss-Kahn, é recuperar o mercado de trabalho, pois a medida estimula o crescimento econômico. O terceiro pilar, citado pelo FMI, é a definição da regulamentação do sistema financeiro.

Strauss-Kahn disse também que deve haver uma “cooperação global” em busca do reequilíbrio da economia mundial. Como exemplo negativo, ele citou a manutenção artificial do valor da moeda. O mecanismo é adotado pelos chineses e duramente criticado pela comunidade internacional, principalmente os Estados Unidos.

O diretor do FMI disse ainda que há uma tendência de avançar em relação à discussão sobre a reforma do fundo, defendida pelo Brasil e pelos países em desenvolvimento que querem ampliar sua participação no órgão. Segundo ele, a tendência é causada pela dinâmica positiva das economias dos países em desenvolvimento. O assunto será tema de uma reunião em janeiro de 2011.

Renata Giraldi / Agência Brasil
Edição: Lana Cristina

Diretor do FMI recomenda mais agressividade dos países na busca do equilíbrio da economia

O diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, defendeu nesta quinta-feira (7) que os países ricos e em desenvolvimento se concentrem em quatro pilares para equilibrar a economia mundial e fugir de eventuais ameaças causadas por crises financeiras. Segundo ele, os pilares são “desafios” e incluem medidas referentes ao rigor fiscal, à recuperação do mercado de trabalho, à regulamentação do sistema financeiro e à ampliação da cooperação global.

Para o diretor-geral do FMI, os esforços feitos até o momento surtem resultados positivos, mas devem ser intensificados, pois a recuperação ainda é frágil. “A recuperação está claramente acontecendo. Mas ainda muito frágil. É frágil em parte porque é desigual”, disse Strauss-Kahn. “Quando se olha para a Ásia e para a América do Sul, o que se vê são taxas de crescimento muito elevadas e, obviamente, para estas partes do mundo, a crise acabou”, disse.

O assunto é tema das reuniões do FMI que antecipam as sessões formais do fundo e do Banco Mundial, que ocorrem a partir desta sexta-feira (8) até domingo (10). Participam das discussões ministros da Fazenda, presidentes de bancos centrais e representantes do setor privado, em Washington. Os dados são do Fundo Monetário Internacional.

No que se refere à dívida, a recomendação do FMI é que os governos adotem o máximo rigor possível em defesa da recuperação econômica e do estímulo ao setor privado. Porém, o fundo evita dar uma recomendação em tom imperativo, portanto a ideia é que cada governo avalie a situação do país e decida se segue a sugestão.

O segundo desafio, segundo Strauss-Kahn, é recuperar o mercado de trabalho, pois a medida estimula o crescimento econômico. O terceiro pilar, citado pelo FMI, é a definição da regulamentação do sistema financeiro.

Strauss-Kahn disse também que deve haver uma “cooperação global” em busca do reequilíbrio da economia mundial. Como exemplo negativo, ele citou a manutenção artificial do valor da moeda. O mecanismo é adotado pelos chineses e duramente criticado pela comunidade internacional, principalmente os Estados Unidos.

O diretor do FMI disse ainda que há uma tendência de avançar em relação à discussão sobre a reforma do fundo, defendida pelo Brasil e pelos países em desenvolvimento que querem ampliar sua participação no órgão. Segundo ele, a tendência é causada pela dinâmica positiva das economias dos países em desenvolvimento. O assunto será tema de uma reunião em janeiro de 2011.

Renata Giraldi / Agência Brasil

Edição: Lana Cristina

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