Dilma diz que quer fazer do Brasil um país de classe média
A presidenta Dilma Rousseff lançou nesta quinta-feira, 8, no Palácio do Planalto, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. No discurso, ela afirmou que um dos objetivos do governo é fazer do Brasil um país “no mínimo, de classe média”.
O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um compromisso firmado entre governo federal, governos estaduais e do Distrito Federal e prefeituras para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade ao fim do terceiro ano do ensino fundamental.
Para Dilma, essa é uma forma de garantir igualdade de oportunidades para todos os brasileiros. “Hoje enfrentamos um conjunto de desafios para que a gente possa dar um passo à frente e construir bases sólidas do nosso desenvolvimento”, afirmou, destacando que o caminho para essas conquistas é a educação.
Dados do Ministério da Educação revelam que pelo menos 15,2% das crianças brasileiras até oito anos de idade não estão alfabetizadas. Apesar desse número, estados como o Maranhão e Alagoas amargam uma taxa de analfabetismo de 34% e 35%, respectivamente, nessa faixa de idade. Para a presidenta, a qualidade do crescimento do país está condicionada à diminuição dessa deficiência. “O pacto pela alfabetização na idade certa é o caminho para a igualdade de oportunidade. Sem ele, não teremos igualdade de oportunidade efetiva no país”, declarou.
A prova dessa desigualdade de oportunidades é visível na comparação com os estados do Norte e Nordeste e a região Sul, por exemplo, onde o Paraná tem a menor taxa do País, de 4,9% e Santa Catarina registra 5,1% de analfabetismo das crianças em idade escolar.
Para Dilma, essa diferença de realidades precisa acabar. “Não importa. Basta que seja brasileiro ou brasileira, a igualdade de oportunidade tem que ser garantida”, afirmou a presidenta. Segundo ela, é necessário dar acesso a todas as pessoas, independentemente de origem social, gênero ou raça.
Através do Pacto, 360 mil professores alfabetizadores farão cursos presenciais com duração de dois anos, no próprio município no qual o professor trabalha. O MEC também fornecerá o material necessário para garantir a alfabetização plena a cerca de oito milhões de alunos.
Com informações do Estado de S. Paulo.
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Roberto C. Silva
12/12/2012 - 10:04:19