Dieese aponta alta do custo de vida em São Paulo
A exemplo dos demais índices inflacionários, as carnes aparecem entre os produtos que mais tem impactado o bolso dos consumidores com uma alta de 2,62%. Os legumes (2,13%), os grãos (2,05%) entre os quais estão o arroz (0,69%) e o feijão (4,17%).
Outro grupo de hortifrutigranjeiros que apresentaram acelerações são a mandioquinha (24,03%) e mandioca( 7,45%). Em queda a cebola (-16,5%) e a cenoura (-8,7%). Já as verduras tiveram recuo médio de 2,87%.
Nos demais grupos que contribuíram para a alta do ICV estão: Habitação (0,47%) com destaques
para o aumento dos aluguéis (0,76%) e, tarifa de fornecimento de água (1,23%), materiais de construção (1,41%) entre os itens o cimento (6,08%) e gás de botijão (0,86%); transportes (0,33%) co o encarecimento do transporte individual (0,47%) e saúde (0,49%).
Em despesas pessoais a taxa recuou para (-0,18%) e em equipamentos domésticos, queda de 0,28%. A pesquisa indica ainda que não houve muita diferença do impacto da inflação sobre as três faixas de renda analisadas, tendo sido constatada variação maior para a classe média. As famílias mais pobres com ganho médio mensal de R$ 377,49 tiveram um aumento do ICV em 0,42%. Para os ganhos médios em R$ 934,17, a variação alcançou 0,45% e para as famílias com rendimento de R$ 2,792,90 (0,41%).
Nos últimos 12 meses, o ICV acumula alta de 6,89%. Mas foram os mais pobres que sofreram maior elevação (8,3%), seguido pela classe média (7,34%) e acima dessa faixa (6,3%). De janeiro a outubro, o ICV subiu 5,44%. Novamente, as famílias com rendimento menor sentiram mais a elevação (6,4%); na renda intermediária (5,6%) e para as famílias com ganhos maiores (5,09%).
De acordo com a avaliação técnica do Dieese, “muito se tem falado que o aumento do câmbio tem impacto nos preços do mercado interno, mas a variação mensal não pode ser um bom indicador, nem mesmo diário, em razão da grande volatilidade das cotações”. No trimestre, conforme o levantamento, a maior variação da moeda norte-americana foi verificada em 8 de outubro (R$ 2,39) e a menor R$ 1,56, em 1º de agosto.
De janeiro a julho, a pesquisa indica que cotação ficou mais estável, na média de R$ 1,68. Comparativamente às taxas do último trimestre, houve alta acentuada a partir de meados de setembro e já “a partir da 2ª quinzena de outubro já é possível observar diminuição no rítmo de alta”. No entanto, a nota técnica do órgão ressalta que o aumento acumulado do dólar, em 39% “é bastante preocupante e permite aos agentes econômicos realizarem as mais variadas e pessimistas especulações sobre variáveis como: inflação, recessão e desemprego”.
Agência Brasil / Marli Moreira
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