A partir desta quinta-feira, 4, todas as 34 usinas termelétricas movidas a diesel e a óleo em operação no país serão desligadas. Elas são as fontes de energia mais caras e estão entre as mais poluentes em operação no país. A decisão, tomada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), vai gerar uma economia mensal de R$ 1,4 bilhão, eliminando 2/3 do atual custo com operação de térmicas no Brasil.

O anúncio do desligamento das usinas foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na quarta-feira, 3. Antes desse comunicado, o governo já havia desativado outras cinco térmicas movidas a óleo: “As chuvas vieram na medida de nossas expectativas. Os reservatórios estão cheios e, com exceção [das represas] do Nordeste, os reservatórios estão muito bem”, avaliou o ministro.

As térmicas foram ativadas em outubro do ano passado por conta da redução do nível dos reservatórios das hidrelétricas, encarecendo a produção e gerando reflexos na conta de luz paga pelos consumidores. Elas têm capacidade de gerar 3.800 MW, mais de 1/4 de toda a energia termelétrica que vinha sendo produzida no Brasil desde o ano passado (14 mil MW).

A decisão de desligar as usinas movidas a óleo se deve ao alto custo com a compra do combustível. Temporariamente, as térmicas movidas a gás, biomassa e carvão, que possuem um custo menor, continuarão ativas, segundo o ministro Lobão.

De acordo com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, a redução de custos na produção de energia vai impactar positivamente no consumidor final, mas isso só acontecerá com as próximas revisões tarifárias das distribuidoras de energia, que só ocorre uma vez por ano e em datas diferentes para cada distribuidora. Desse modo, empresas que já revisaram as tarifas neste ano, só vão repassar a economia aos consumidores em 2014.

Com informações do portal G1.