O nível de desigualdade aumentou nos países mais ricos, enquanto diminuiu nos da América Latina. Os números fazem parte de um estudo divulgado nesta quinta-feira, 21, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O relatório, intitulado “Juntos Nisso – Por que menos desigualdade beneficia a todos” (In it, together, – Why less inequality benefits all) traz números referentes à renda e à economia dos 34 países considerados ricos que fazem parte da organização. Nestes, em média, os 10% mais ricos da população têm uma renda 9,6 vezes maior do que os 10% mais pobres. Na primeira década dos anos 2000, esta proporção era 9,1 e, nos anos 1980, quando estes levantamentos começaram a ser feitos, era 7.

Por outro lado, a maior parte dos países da América Latina, “principalmente o Brasil”, destaca o documento, diminuíram as diferenças de renda. De acordo com analistas da OCDE, a partir do início dos anos 2000, houve uma queda generalizada da desigualdade no continente. No entanto, essa redução não ocorreu de maneira tão acentuada em outras regiões.

Gini

O coeficiente de Gini é um indicador internacional que mede a desigualdade de renda. Ele é mensurado em uma escala de 0 a 1 e, quanto mais alto, maior é o nível de desigualdade. Representando uma queda de 8%, o índice passou de 0,6 para 0,55 desde os anos 1990 no Brasil.

No caso dos países da OCDE, subiu de 0,29 para 0,32do início dos estudos pra cá. Como a desigualdade de renda continuou crescendo ao longo de bons e maus momentos econômicos, esta alta de 11% está relacionada principalmente às estruturas econômicas dos países, de acordo com o relatório. O desemprego e os ajustes fiscais são considerados alguns dos fatores que mais contribuíram para o aumento, segundo especialistas.

Com informações do El País Brasil e da BBC Brasil.