Desemprego na América Latina é o menor em 20 anos
O desemprego na América Latina e no Caribe atingiu 6,4% em 2012. Este é o menor nível em 20 anos e representa uma queda em relação ao ano anterior, quando o índice alcançou 6,7%. As informações são da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Em contrapartida, na Europa, a situação é preocupante. Dados divulgados nesta quinta-feira, 25, pela Enquete de População Ativa (EPA), mostram que na Espanha, por exemplo, o número de trabalhadores desempregados é recorde e já ultrapassa a marca de seis milhões de pessoas, cerca de 27,16% da população. Só nos três primeiros meses deste ano, 237.400 pessoas ficaram desempregadas. O aumento do desemprego é a consequência mais grave da crise econômica que afeta toda a Europa desde 2008.
Os resultados negativos da economia no continente europeu foi um dos motivos que afetaram o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina em 2012, que, segundo a Cepal, fechou o ano passado com uma média de crescimento em 3%. O desempenho da economia latina só não foi pior por causa dos bons números do mercado de trabalho.
Apesar do baixo crescimento em diversos países do continente, a Cepal ressaltou que a demanda interna foi uma das principais impulsionadoras do crescimento regional em 2012. Além da queda do desemprego, a entidade mencionou a expansão do crédito para as famílias como fator essencial para a manutenção da demanda e do consumo interno. No caso da América Central e do Caribe, o aumento da remessa de emigrantes para esses países contribuiu para não desaquecer a renda da população.
O levantamento da Cepal leva em conta o desemprego aberto urbano, abrangendo apenas moradores das cidades que estão procurando emprego. De acordo com a entidade, a boa fase do mercado de trabalho fez o total de desempregados na região diminuir em 400 mil no ano passado. No entanto, cerca de 15 milhões de pessoas permanecem sem trabalho nas zonas urbanas da região.
Para 2013, a expectativa para crescimento médio da região caiu de 3,8% para 3,5%. Segundo a Cepal, o baixo dinamismo da maioria das economias do continente, a manutenção das incertezas internacionais e a recuperação mais lenta que o previsto do PIB no Brasil e na Argentina contribuíram para a redução das estimativas para este ano.
Com informações da Agência Brasil e do portal G1.
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