demanda por investimentos

Os micro e pequenos empresários de varejo e serviços até dispostos a investir mais, porém, continuam receosos. Dados do Indicador de Propensão a Investir MPE do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que a demanda por investimentos subiu de 21,37 pontos em junho para 24,20 pontos em julho, uma alta de 13,2%. No entanto, o resultado ficou abaixo do observado em maio (25,22 pontos) e do pico da série histórica (32,06 em maio de 2015).

Na comparação com julho do ano anterior, houve uma discreta melhora na demanda por investimentos, quando o indicador marcou 22,54 pontos. Quanto mais próximo de 100, maior a propensão de investir..

O levantamento revela que 72,5% dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços não pretendem investir nos próximos três meses. A principal razão, apontada por 51,3% dos entrevistados, é a falta de confiança diante da crise. Outros 29,0% dizem não ver necessidade de investir e 12,3% afirmam ter feito investimentos recentes.

Entre os empresários que possuem demanda por investimentos nos próximos 90 dias, que representam 20,9%, os investimentos prioritários serão a reforma ou ampliação da empresa (26,9%) a ampliação de estoque (25,7%) e investimentos em comunicação e propaganda (23,4%).

Entre esses empresários, 72,5% relatam que o objetivo dos investimentos é aumentar as vendas e outros 8,4% dizem que é a adaptação à tecnologia. A principal fonte de recursos para esses empresários será o capital próprio, retirado da poupança e de investimentos financeiros (75,4%).

Em relação à procura por crédito, em julho, o Indicador de Demanda por Crédito MPE de Varejo e Serviços registrou um pequeno avanço na comparação com o mês anterior, passando de 9,51 para 10,78 pontos. Na comparação com julho de 2015, quando marcara 10,75 pontos, o indicador ficou praticamente estável.

De acordo com o levantamento, apenas 5,6% dos MPEs possuem a intenção de contrair crédito para seus negócios no horizonte de 90 dias. Em sentido inverso, 88,1% declararam não ter essa intenção.

Quando indagados sobre a negativa, 48,5% disseram que conseguem manter suas empresas com recursos próprios, sendo desnecessário buscar outras fontes: 31,9% dizem que não pretendem contratar recursos de terceiros agora. As altas taxas de juros são outro fator de impedimento, mencionadas por 11,2% dos que não pretendem tomar crédito.

Para os que avaliam estar difícil tomar crédito no mercado (33,3%), as taxas consideradas elevadas são o fator mais citado (43,2%). Em seguida, aparece o excesso de burocracia (30,1%) e a exigência de um faturamento mínimo acima do que a empresa realmente fatura (12,0%). Já para os que consideram ser fácil contratar crédito (20,9%), o bom relacionamento com o banco é a principal razão, citado por 44,9%. Estar com a documentação em dia (21,6%), ter um bom tempo de existência da empresa (9,6%) e estar com as contas em dia (9,0%) também são fatores que ajudam.

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