O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano até a próxima reunião do colegiado de diretores do BC, dias 20 e 21 de janeiro.

O anúncio revela que os membros do Copom discutiram a possibilidade de reduzir a taxa, mas consideraram que o ambiente macroeconômico “continua cercado por grande incerteza”.

A decisão de manter a taxa como está, e sem viés, foi adotada por unanimidade, e a nota do Comitê diz que o BC “irá monitorar atentamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação com vistas a definir tempestivamente os próximos passos de sua estratégia de política monetária”.

A decisão já era esperada pela maioria dos agentes financeiros consultados pela pesquisa Focus, do BC, na última sexta-feira (5). Embora a inflação esteja em baixa, no momento, a média das expectativas dos analistas de mercado é de que possível redução da Selic só virá no início de 2009.

A definição da taxa básica de juros é sempre aguardada com expectativa pelo marcado financeiro, uma vez que ela remunera os títulos públicos depositados no Serviço Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e é usada pelo BC como instrumento de controle da inflação.

Quanto mais alta a Selic, mais caro os bancos cobram pelo crédito, o que desestimula o consumo de bens e serviços. Em conseqüência, diminui a pressão inflacionária. Mas taxa alta também gera desvio de objetivo das instituições financeiras, que preferem comprar títulos do governo, ao invés de emprestar aos consumidores.

O Brasil tem a taxa básica de juros mais alta do mundo, e promoveu sua redução gradativa, de setembro de 2006 até o final do ano passado, quando atingiu seu menor nível: de 11,25%.

Mas, com o recrudescimento da inflação, principalmente por causa dos preços internacionais, o BC retomou a trajetória de altas da Selic em abril, elevando-a para 11,75%; depois para 12,25% em junho, 13% em julho e 13,75% em setembro.

As justificativas para a manutenção da Selic em 13,75% serão detalhadas na ata da reunião, que será divulgada quinta-feira da semana que vem, dia 18.

Agência Brasil / Stênio Ribeiro

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