Crise mantém impacto maior na Região Norte, mostra estudo do Banco Central
A retomada da atividade econômica ocorre com maior dinamismo nas regiões menos dependentes do comércio internacional, segundo o Boletim Regional, divulgado hoje (4) pelo Banco Central.
De acordo com o relatório, o comércio internacional continua a refletir o ambiente ainda recessivo registrado nos principais países desenvolvidos. A publicação do BC é divulgada a cada três meses com o estudo sobre a situação econômica de cada região.
Segundo os técnicos do BC, os impactos da crise vêm se mantendo por um período maior no Norte do que em outras regiões do país. Isto ocorre porque a economia da região depende “de forma acentuada” da demanda externa por commodities (produtos primários) minerais, e da procura no país por bens manufaturados, em especial eletrônicos.
A economia do Nordeste também “não registrou recuperação consistente”, segundo o relatório. Um dos motivos foi a ocorrência de adversidades meteorológicas e paralisações técnicas no setor petrolífero.
A expectativa para a região nos próximos meses é de retomada da economia por conta das medidas fiscais de estímulo fiscal às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a intensificação dos programas assistenciais do governo.
Os técnicos adotam o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) para realizar o estudo. O IBCR da região Norte foi o único que recuou. A queda foi de 1,1% no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado em fevereiro, quando o recuo foi de 3,9% no mesmo tipo de comparação. A região Nordeste cresceu 0,4%, depois de ter decrescido em fevereiro (1,6%).
Kelly Oliveira – Agência Brasil
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