A maior crise econômica dos últimos tempos que acabou arrasando diversas economias no mundo, agora irá beneficiar a indústria audiovisual.

Mesmo enxugando receitas para as gravações, a crise mundial acabou servindo de inspiração para roteiros de cinema e documentários.

Quatro recentes títulos americanos contam histórias de episódios e personagens que tiveram contribuição ou relação com a crise.

Em “O Cliente 9, a Ascensão e Queda de Eliot Spitzer” (tradução livre do título), o diretor Alex Gibney mostra a trajetória do personagem, que ficou conhecido como o “xerife” de Wall Street por ter processado empresas em casos de fraudes financeiras.

O filme esmiúça o escândalo de prostituição que derrubou Spitzer do cargo de governador de Nova York, além da contribuição do episódio e do personagem para a crise.

Em um dos comentários, antes do Festival Internacional de Cinema de Toronto, o diretor afirmou que a recorrência das crises financeiras o motivou a tratar do tema.

No documentário “Dentro do Emprego” (tradução do inglês), Charles Fergusson detalha a contribuição de grandes figuras para a turbulência –entre eles, Spitzer.

O filme, narrado por Matt Damon, pretende expor a “chocante verdade” por trás da crise, e reserva espaço particular a Paul Volcker, ex-presidente do BC americano, tido como amigável demais ao mercado financeiro.

Michael Douglas está de volta na segunda versão de “Wall Street”, de Oliver Stone. O filme pega carona no primeiro título (“Wall Street, Poder e Cobiça”), de 1987, e tira o personagem Gordon Gekko da prisão para ajudar o namorado da filha, um corretor de Wall Street, a se vingar de um diretor de banco. O filme estreia no Brasil no fim desta semana.

Com um teor de ficção, “Casino Jack”, que sairá em dezembro nos EUA, foca a atuação do lobista Jack Abramoff. O filme mostra a influência do personagem na crise e a sequência de episódios de corrupção que o levaram à cadeia.

Gobney explica o porquê do lançamento dos filmes nesta época. Segundo ele, os títulos obedecem à média do cinema, que, em geral, leva dois anos para abordar um evento nos roteiros.

Com informações da Folha.com

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