Crise ameaça sobrevivência das micro e pequenas empresas
As pequenas empresas sofreram o impacto da crise econômica em 2016. De acordo com o Índice de Sobrevivência elaborado pelo Sebrae, a tendência é que 600 mil negócios, entre os 1,8 milhão abertos em 2014, fechem as portas até fim do ano.
A pesquisa considera até os dois primeiros anos de vida da empresa e mostra que apenas 1,2 milhão (67%) dos negócios criados em 2014 devem se manter em funcionamento até dezembro.
O número é inferior ao de negócios nascidos em 2012, que atingiram o índice de 77% de sobrevivência após os dois primeiros anos de vida, o maior registrado na série histórica dessa análise. Entre os principais motivos listados pelos empresários para o fechamento das empresas estão: altas cargas de impostos, taxas e falta de crédito.
De acordo com o Sebrae, a dificuldade de acesso ao crédito é um dos principais problemas enfrentados pelos pequenos negócios. “Conseguimos aprovar o projeto Crescer sem Medo, que tem ação imediata no parcelamento das dívidas tributárias e estamos lançando o Mutirão da Renegociação para orientar o empresário a sanar seus débitos”, ressalta o presidente do entidade, Guilherme Afif Domingos.
Ainda de de acordo com a pesquisa de sobrevivência das pequenas empresas, para 31% dos empresários que já fecharam o seu negócio, os principais motivos foram as despesas com taxas e impostos, os custos e os juros. Além disso, a baixa clientela e a forte concorrência também prejudicaram 29% dos entrevistados. Outros 25% apontaram os problemas financeiros, inadimplência e falta de linhas de crédito como fator que contribuiu para a quebra da empresa.
Entre os empresários que fecharam as portas, 52% indicaram que a redução de encargos e impostos evitaria a mortalidade do negócio. Para 21%, o crédito facilitado também teria impedido o fechamento das empresas. “Essa é uma prova de que desburocratização, redução de carga tributária e planejamento são essenciais para o empreendedorismo, para a geração de empregos e para a recuperação da economia”, enfatiza Afif.
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