Em março, a índice de evolução da produção industrial cresceu em relação a fevereiro e registrou 54,8 pontos, o maior para o período em sete anos. Os dados são Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Mesmo com a alta, o setor continuou reduzindo as vagas de trabalho. O indicador de evolução do emprego aumentou 1,6 ponto e assinalou 47,5 pontos. Os índices variam de zero a cem. Acima dos 50 pontos indicam aumento na produção e no emprego; abaixo desse valor sinalizam queda na produção e no emprego.

De acordo com os dados da CNI, indústria operou, em média, com 65% da capacidade instalada, uma alta de 2 pontos percentuais na comparação com fevereiro. Essa foi o primeiro crescimento da utilização da capacidade instalada (UCI) após três meses consecutivos em 63%. Ainda assim, a ociosidade na indústria continua elevada, já que a UCI está 6 pontos percentuais abaixo da média histórica para março.

Já a utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual cresceu 3,5 pontos frente a fevereiro e atingiu 41,2 pontos. De acordo com a CNI, foi a maior alta no indicador desde abril de 2010.

Ainda segundo o estudo, os estoques permaneceram praticamente estáveis, com índice de evolução de estoques em 49,1 pontos em março, próximo da linha dos 50 pontos. Além disso, eles se mantiveram próximo ao planejado pelas empresas, cujo indicador foi de 50,3 pontos no mês passado.

Em relação à situação financeira, as empresas continuam insatisfeitas com o lucro operacional no primeiro trimestre, que registrou índices abaixo da linha dos 50 pontos. O indicador de satisfação financeira aumentou 0,5 ponto frente ao quarto trimestre de 2016, para 42,8 pontos. Já o índice de satisfação com o lucro operacional calculado pela CNI teve alta de apenas 0,3 ponto e assinalou 38,2 pontos no primeiro trimestre.