O crescimento da economia chinesa e as seguidas altas registradas nas bolsas de valores ao redor do mundo podem significar que o pior da crise internacional está passando. A avaliaçãoa é do economista e professor Keyler Carvalho Rocha, da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP).

“O pior da crise já foi superado e o Brasil desfruta de uma posição muito privilegiada no contexto mundial porque não tem mais dívida externa, está com a inflação sobre controle e declinante, está com a balança comercial com superávit e não há, no horizonte, nenhuma problemática política que possa cooperar com as variáveis macroeconomicas brasileiras”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.

As altas seguidas apresentadas nas bolsas pelo mundo, segundo Rocha, mostram que o “mundo está levemente se recuperando da crise”, embora essa recuperação seja lenta.

“A China vem crescendo a 8%, embora se acreditasse que ela cresceria a 6%. Isso é sinal de que está havendo recuperação. É claro que essa recuperação não é uniforme. Mas a tendência é de melhora. A sensação é de que as coisas estão melhorando. Com isso, reflete-se nessa valorização em todas as bolsas do mundo inteiro”, disse.

Segundo o professor, essa perspectiva positiva deve se manter, “a não ser que aconteça algum fato novo, não previsto”. “A Bolsa reflete as expectativas de futuro. Então, as pessoas já começam a ficar mais confortáveis”, afirmou.

Ontem (3), a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 2,25%, aos 55.997,81 pontos.

Elaine Patricia Cruz – Agência Brasil

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