O dólar terminou o pregão desta segunda-feira, 14, cotado a R$ 1,989 e alta de 1,73% em relação à última sexta-feira, 11. Mas, no início da tarde, a moeda norte-americana cravou cotação de R$ 2,00 – valor mais alto desde 13 de julho de 2009.

A forte valorização cambial desta segunda-feira foi atribuída, em grande parte, aos temores do mercado em relação às incertezas fiscal e política da Grécia, à derrota política da chanceler Angela Merkel, da Alemanha, em eleições regionais neste fim de semana, e à aparente perda de fôlego da economia chinesa, de acordo com análise de Sílvio Campos, da Tendências Consultoria.

O cenário externo já estava delineado, com fortes quedas das bolsas de valores nas principais praças da Europa, quando o pregão brasileiro começou. Como a movimentação do dólar age em sintonia com o mercado externo, segundo ele, o impacto na cotação brasileira foi imediato e o mercado já abriu com valorização do dólar em 1%.

Em sentido contrário, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve o pior desempenho dos principais mercados de ações do mundo, e caiu 3,21% no dia, com o Índice Bovespa marcando 57.539 pontos. Queda maior do que em Londres (-1,97%), Paris (-2,29%), Frankfurt (-1,94%), Milão (-2,74%), Madri (-2,66%), Lisboa (-1,94%) e Nova York (-0,98%).

Os piores desempenhos nas ações do mercado brasileiro foram registrados por empresas ligadas à construção civil e de material para residências, a começar pela Brookfield Residencial (-14,87%), PDG Realt (-10,38%) e Rossi Residencial (-9,09%), seguidas de perto pelas desvalorizações da Gol (-7,79%) e da MMX Mineração (-7,45%).

Stênio Ribeiro / Agência Brasil

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