Copom reajusta Selic para 9,5% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros (Selic) para 9,5% ao ano. A taxa anterior era de 9%. Essa é a quinta elevação seguida, desde quando a Selic saiu da mínima histórica (7,5%), em abril, por conta da preocupação com o avanço da inflação.
E a tendência é de que os juros continuem subindo, de acordo com analistas de mercado. Alguns preveem que a Selic possa chegar até a 10% ainda neste ano. Isso ocorre por conta da preocupação com os índices inflacionários de 2014.
“Dando prosseguimento ao ajuste da taxa básica de juros, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 9,50% ao ano, sem viés. O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano”, justificou o BC em comunicado, idêntico ao da reunião anterior.
A alta dos juros já teve reflexos na inflação, que chegou a ultrapassar o teto da meta estabelecida pelo governo (6,5%) em abril – mesmo mês do início da sequência de reajustes da Selic. Com a alta dos juros, a inflação começou a recuar, principalmente dos alimentos e para as pessoas mais pobres (de acordo com o INPC, que mede o custo de vida de quem recebe até seis salários mínimos).
Ainda assim, a pressão para o aumento da gasolina nos próximos meses e, como consequência, o repasse desse reajuste ao preço dos produtos, faz com que o BC tome decisões para impedir uma nova disparada na inflação, cuja meta neste e no próximo ano é de 4,5%, com dois pontos de tolerância para mais ou para menos.
Em doze meses até setembro, o IPCA (medidor oficial da inflação) somou 5,86%.
Ainda que, na teoria, a alta dos juros contribua para o controle da inflação, ela impacta em outro ponto sensível ao país, que é o Produto Interno Bruto (PIB). Com menos consumo (consequência dos juros altos), a produção cai, afetando a geração de riqueza para o país.
No fim de 2012, o mercado financeiro estimava que o Produto Interno Bruto (PIB) do país avançaria 3,30% neste ano. Atualmente, a previsão está em 2,5% de alta.
Uma nova reunião do Copom está marcada para o fim de novembro.
Com informações do portal G1.
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