O Banco Central (BC) anunciou na noite desta quarta-feira, 28, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em manter a taxa básica de juros em 7,25% ao ano. A decisão, unânime, ocorreu após dez cortes consecutivos da Selic. Em junho do ano passado, o juro básico da economia estava em 12,25% e veio caindo desde então como medida para tentar fechar o ano dentro da meta da inflação.

Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ao subir os juros, o BC atua para controlar a inflação, porque, teoricamente, desestimula o consumo. Ao contrário, com os juros mais baixos, o Copom julga estar com a inflação dentro da meta estabelecida, que é de 4,5%, com variação de dois pontos para mais ou para menos.

De acordo com a nota divulgada pelo BC, o Copom decidiu manter a Selic em 7,25% “considerando o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional”. Ainda de acordo com o texto divulgado, “o Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear”.

Para o mercado financeiro, uma nova alteração na Selic só deve acontecer em janeiro de 2014, quando a taxa deve chegar a 7,75%. Até lá, dizem os analistas, o Copom deve manter os atuais 7,25%.

Quem tem aplicações na poupança foi diretamente impactado com a decisão do Comitê. Uma nova redução na Selic comprometeria ainda mais o rendimento da caderneta de poupança, que desde maio está atrelado à Selic: quando a taxa está superior a 8,5% ao ano, o investimento rende 6,17% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR), como ocorria na regra anterior. Agora, com a Selic em 8,5% a.a ou menos, a poupança passa a render o equivalente a 70% da taxa básica, mais TR.

A definição da taxa básica neste ano já é pensada para gerar reflexos no ciclo inflacionário de 2013. Isso acontece porque os movimentos dos juros básicos demoram cerca de seis meses para impactarem plenamente na economia. Porém, mesmo com a recente decisão, segundo o mercado, o BC não vai atingir a meta central da inflação em 2013 (4,5%). Apesar disso, o índice deve ficar dentro do intervalo de tolerância estabelecido.

Com informações do portal G1.

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