Controle eficiente das finanças

Nos últimos textos da nossa série de educação financeira, falamos bastante sobre o dinheiro que ganhamos e como o gastamos, a importância de agir com a razão e como ter uma relação saudável com os nossos recursos. Hoje, vamos partir para uma parte mais prática desse assunto, que é como colocar todas as informações em um mesmo local e, assim, fazer um controle eficiente das finanças.

Quando falamos em todas as informações, queremos dizer que, além das despesas recorrentes, como aluguel, água, energia elétrica e mensalidade da faculdade, também deve-se registrar os gastos extras, como o ingresso do cinema, a cervejinha com os amigos e até aquele chocolate comprado esporadicamente. Dessa forma, é possível ter um levantamento detalhado das finanças, o que ajuda a identificar as despesas desnecessárias, enxugar os desperdícios e, até mesmo, encontrar alternativas de renda.

Porém, como já dissemos em outros textos, não temos a cultura de fazer esse acompanhamento de perto do nosso dinheiro. Mas nunca é tarde para começar, não é mesmo? Então, hoje, vamos mostrar como fazer um orçamento pessoal. E para acompanhar melhor nossas explicações, você já pode baixar gratuitamente a nossa planilha de finanças pessoais. É clicar no imagem abaixo:

Informações essenciais para o orçamento pessoal

Antes de mostrar como usar a planilha, vamos primeiro identificar o que é necessário você ter em mãos para que o seu orçamento pessoal fique completo e possa, realmente, ajudá-lo a fazer um controle eficiente das finanças. O primeiro passo é você listar todas as suas receitas, como salário e trabalhos extras.

Lembrando que o salário é o valor líquido, que é o que você recebe de fato, e não o bruto. Atente-se para os benefícios também, como o vale-refeição e o vale-transporte, que podem ou não ser descontados do salário. E também aos valores extras vinculados ao salário, como o ⅓ das férias e o décimo terceiro.

Depois é a hora de listar as despesas. Junte todos os boletos e carnês e não se esqueça das contas que ficam em débito automático e no cartão de crédito. Um erro bastante cometido por muitas pessoas e que acaba com qualquer orçamento é anotar somente os gastos fixos, deixando de lado as compras parceladas que duram quatro, cinco ou seis meses.

Isso vale, inclusive, para aqueles pagamentos que ocorrem uma vez por ano, como IPTU, IPVA e seguro do carro. Há ainda aquela despesa que, no futuro, pode virar receita, que são os investimentos, como a poupança e a previdência privada. E se você tem algum dependente, as contas dele também são suas.

Por fim, fique atento aos pequenos gastos diários. Guarde todas as notas fiscais e comprovantes de pagamento, assim, fica muito mais fácil anotar na planilha depois. Caso você não receba nenhum comprovante, como quando paga a passagem do ônibus ou o táxi, anote o valor gasto em algum lugar para não correr o risco de esquecer.

Como usar a planilha para fazer um controle eficiente das finanças

Bom, com todas as recomendações feitas, está na hora de colocar a mão na massa. Então, vamos para a planilha. A primeira aba contém as instruções de como o material funciona e ensina como você pode incluir, excluir ou trocar categorias. São processos simples, você vai ver.

Depois, temos a aba do orçamento. É nela que vamos trabalhar efetivamente, pois as outras funcionam como pequenos relatórios gráficos que ajudam a ter uma percepção visual das finanças. Ao clicar na aba do orçamento, logo de cara você vai ver que a planilha contempla o ano inteiro. Por que isso? Porque assim fica mais fácil você planejar suas ações e realmente fazer um controle eficiente das finanças.

Como você pode ver, além de ter o ano inteiro, o orçamento é dividido em blocos, que por sua vez são separados por categorias. Desse modo, fica mais fácil detalhar cada receita e despesa. Você não precisa preencher todos os espaços e pode adaptar as categorias às suas necessidades, deletando ou trocando os nomes. Já nos blocos, é possível somente alterar o nome. Deletar algum deles pode excluir também as fórmulas e atrapalhar o resultado final.

Inicie pelas receitas…

Começando pelas receitas, você pode incluir todos os valores referentes ao ano que você tenha certeza que vai receber, como o salário, o décimo terceiro e as férias. Se faz algum trabalho extra mensal, mas não sabe o valor exato, pois depende da demanda, pode colocar uma estimativa, sem problemas. No entanto, sempre seja realista ou até pessimista neste caso, assim não corre o risco de contar com uma grana que pode não receber.

E depois parta para as despesas…

Todo o restante da planilha é composto pelas despesas. E antes que se apavore com o número de linhas, lembre-se que o objetivo é ter o máximo de detalhes possível sobre os gastos, por isso ela é tão grande assim. Com os boletos, os carnês, a fatura do cartão de crédito e o extrato do banco em mãos, vá preenchendo os espaços conforme os gastos. Se necessário, como falamos, faça as adaptações nas categorias para refletir exatamente os seus gastos.

Um item de atenção é o bloco Lazer. Ali, normalmente, vão aqueles gastos que geralmente esquecemos, como o chopinho com os amigos, o cinema e aquele lanche da tarde que fazemos de vez em quando. Para não incluir uma linha para cada despesa, a dica aqui é ir somando aquelas que forem iguais.

Digamos que você costuma almoçar fora em alguns dias da semana. Você pode substituir a categoria restaurante por almoço e, a cada refeição, ir somando os valores. Isso pode ser feito com o jantar, com o happy hour, com a padaria e por aí vai.

Para finalizar, verifique o resultado final

Depois que preencher toda a planilha, vai notar que lá embaixo temos uma parte que fala em totais, que é o resumo dos rendimentos, dos gastos e dos saldos mensal e acumulado (que é o valor do saldo do mês atual somado o que sobrou do mês anterior). É nessa parte que você vai ver se está gastando mais do que ganha ou se é uma pessoa moderada quando o assunto é dinheiro.

Se sobrar dinheiro, o número ali ficará na mesma cor do restante da tabela. Já se o saldo for negativo, o valor vai aparecer em vermelho e entre parênteses. Se isso acontecer, está na hora de sentar e analisar o que pode ser cortado ou reduzido. Muitas vezes, apenas diminuir a frequência de um determinado gasto já resolve, como mudar o plano da operadora do celular ou trocar a saída com os amigos pela maratona de sua série favorita. Você pode, também, procurar uma fonte extra de receita, como fazer docinhos e salgados para vender.

O importante é tentar ser o mais realista possível com o seu dinheiro e entender que a hora certa de fazer um controle eficiente das finanças é agora! Então, se você chegou até aqui e ainda não baixou nossa planilha, está esperando o quê? Clique na imagem e faça o download.

Esperamos que tenha gostado desse texto e que saiba que ainda falaremos bastante sobre orçamento em nossa série sobre educação financeira. Você deve ter percebido, aqui trabalhamos com as contas que você já tem e alguma coisa do dia a dia, mas ainda há muito mais sobre o assunto, especialmente em relação ao planejamento desse orçamento, que começa, justamente, por saber o quanto você ganha e gasta.

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