Garantido recentemente pela aprovação do Congresso, os saques das contas inativas do FGTS injetaram, somente em março, um volume de R$ 2,65 no comércio varejista brasileiro. A conclusão é de um estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Entre os ramos do varejo nacional mais impactados estão: vestuário e calçados (R$ 1,19 bilhão), materiais de construção (R$ 594,4 milhões), móveis e eletrodomésticos (R$ 530,2 milhões) e farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 337 milhões).

De acordo com o estudo, o valor movimentado pelos quatro segmentos corresponde a 48% dos R$ 5,5 bilhões que foram sacados em março, a 6,2% das vendas mensais desses segmentos e a mais da metade (54%) do faturamento desses setores em um dia de vendas.

E a consequência do saque das contas inativas foi um movimento de reação desses setores. Dados de março da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE) mostram que os quatro segmentos reagiram favoravelmente.

Com alta de 11,7%, o ramo de vestuário e calçados registrou seu maior aumento real de vendas desde fevereiro de 2011. De forma semelhante, as vendas no ramo de móveis e eletrodomésticos subiram, em média, 10,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, taxa que não se observava desde julho de 2013.

As vendas nas lojas de materiais de construção, que registraram crescimento de 9,4%, não subiam tanto desde fevereiro de 2014. Até mesmo nos estabelecimentos especializados na venda de produtos farmacêuticos, cosméticos e artigos de perfumaria, onde houve queda de 1,8%, a perda observada nas vendas em março foi a menor dos últimos meses.

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os preços médios dos bens de consumo duráveis registraram sete quedas mensais nos últimos oito meses encerrados em abril. Nos últimos 12 meses, esse grupo de produtos acumulou variação de preços negativa (-0,14%).

Já os produtos semiduráveis, caracterizados por um predomínio de itens de vestuário, revelaram quedas de preço em três dos últimos quatro meses, acumulando desde maio do ano passado uma variação de positiva de 2,7%. Na média, o IPCA apurou alta de 4,08% no período.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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