Pesquisa mostra comportamento das pequenas empresas em meio à crise
A primeira edição da pesquisa Termômetro ContaAzul: impressões dos pequenos empresários sobre a crise ouviu 1.250 empreendedores e cruzou as respostas com dados obtidos pelo uso do próprio software do Conta Azul. Como resultado, foi constatado que o contexto de crise econômica vem impactando nas decisões e obrigando mudanças de rotas e estratégias entre as pequenas empresas.
Um dos destaques é o corte de vagas de emprego. Isso porque 53,1% das pequenas empresas consultadas demitiram funcionários em 2015. Para 2016, a pesquisa registrou um sentimento de cautela na busca de caminhos alternativos: 47,7% afirmaram que estão estudando novas oportunidades e que pretendem investir nelas, enquanto 36,8% dizem que “apenas sobreviverão” em 2016 sem lucrar. Outros 15,5% temem serem obrigados a fechar seu negócio por causa da crise.
Ainda de acordo com o estudo, 59,7% dos pequenos empresários brasileiros recorreram a empréstimos nos últimos dois anos. Deste total, 81,8% afirmaram terem usado financiamento para capital de giro e quase 60% das empresas que buscaram empréstimos o fizeram via bancos privados.
Para 2016, sem perspectiva de melhora do cenário econômico, 51,8% dos empresários afirmam que não tomarão empréstimos. Por outro lado, 48,2% precisarão recorrer a esse recurso mais de uma vez. Destes, 55,8% para capital de giro e 31,3% para expansão.
A carga de impostos apareceu como queixa entra a maioria dos empresários entrevistados, já que 81,4% dizem que foram muito impactados pelas mudanças tributárias realizadas em 2016. Entretanto, para 64,8% deles, as alterações não inviabilizam o negócio.
Cenário de concorrência entre as pequenas empresas
Em relação ao cenário de concorrência nesse momento de crise, os dados mostram que, para 54,4% dos empresários, a crise fez a concorrência aumentar com a entrada de novos players no mercado, enquanto 25,3% afirmaram que a concorrência diminuiu e 20,3% dizem que a situação não foi alterada.
Na análise desses concorrentes, 54,6% dos pequenos empresários avaliam que eles estão mais conservadores, mas 35,4% percebem uma busca pela inovação.
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