A conta de luz ficará mais barata a partir de abril, segundo anúncio do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Isso ocorrerá porque o governo desligará 22 usinas termelétricas em março, 15 a mais que as sete anunciadas no início do mês. Assim, a bandeira tarifária passará de vermelha para verde, eliminando a cobrança de taxa extra.

O desligamento das termelétricas devido ao ingresso de novas usinas, de diversas fontes, à melhoria da situação dos reservatórios hidrelétricos, e do comportamento estável do consumo em todo o país. As 22 usinas que serão desligadas somarão 5 mil megawatts e trarão economia de R$ 10 bilhões ao ano.

Essa será a segunda vez em que haverá desligamento de térmicas mais caras, com reflexo de redução nos valores da conta de luz. A primeira redução ocorreu em agosto de 2015, quando foram retiradas do despacho de base as térmicas com o custo unitário acima de R$ 600 por megawatt-hora, o que permitiu redução da bandeira tarifária vermelha de R$ 5,50 para R$ 4,50 a cada 100 kilowatts-hora.

Em janeiro, a Aneel reestruturou as bandeiras tarifárias e fixou para fevereiro uma bandeira vermelha de R$ 3,00 a cada 100 kWh. O custo de geração foi reduzido em R$ 1,1 bilhão ao mês com a medida, na ocasião.

Criação das bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias passou a ser adotado a partir de 1º de julho de 2015, incorporando todas as concessionárias conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). As bandeiras verde, amarela e vermelha indicam se a energia custa mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade.

O argumento do governo para criar as bandeiras era de deixar a conta mais transparente e dar ao consumidor a possibilidade de ter “a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente.”