Construção civil continua desaquecida, diz CNI
Atividade da construção civil se mantém praticamente estável em agosto. Mas setor continua desaquecido.

A atividade da construção civil manteve-se praticamente estável em agosto, na comparação com o mês de julho, mas o resultado indica que o setor continua desaquecido, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 19, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A Sondagem da Indústria da Construção pesquisa ouviu 513 empresas de diferentes partes, entre os dias 2 e 12 deste mês, e verificou que a evolução da atividade na indústria da construção se situou em 47 pontos (46,5 pontos em julho), enquanto o indicador do nível de atividade em relação ao usual no setor ficou em 43,5 pontos (42,8 pontos no mês anterior). Os resultados abaixo de 50 revelam atividade desaquecida.

O levantamento da CNI mostra que a retração da atividade foi maior entre as pequenas empresas, com o indicador de evolução da atividade em 44,4 pontos. As empresas de porte médio tiveram indicador de 46,8 pontos e as grandes construtoras ficaram com 48 pontos. Com a queda na atividade, o nível de utilização da capacidade de operação do setor recuou de 70%, em julho, para 69%, em agosto.

De acordo com nota técnica da CNI, “as empresas também reduziram o quadro de funcionários, mas esse movimento foi mais ameno que em julho”. O indicador de evolução do número de empregados alcançou 46,3 pontos em agosto, pouco maior que os 45,6 pontos de julho.

Os empresários continuam pouco otimistas em relação ao desempenho do setor nos próximos seis meses, segundo a CNI, pois o indicador de expectativa sobre o nível de atividade alcançou 54,2 pontos. Na mesma tendência, o indicador de novos empreendimentos e serviços marcou 53,8 pontos e o de compras de insumos e matérias-primas ficou em 54,2 pontos.

A Sondagem da Indústria da Construção de agosto constatou que o indicador de expectativa do número de empregados é 52,8 pontos, o que revela otimismo, mas todos os indicadores de expectativa estão abaixo das médias históricas, de acordo com a CNI.

Stênio Ribeiro / Agência Brasil.
Edição: Davi Oliveira.

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