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A expectativa de melhora está um pouco maior entre os empreendedores brasileiros. Pelo menos é que aponta o Indicador de Confiança dos micro e pequenos empresários dos segmentos do varejo e de serviços calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que avançou 20,7% na comparação entre julho e o mesmo mês do ano anterior, passando de 37,06 pontos para 44,72 pontos. É o o maior patamar em 15 meses de série histórica. Na comparação com junho, quando o indicador estava em 42,93 pontos, o crescimento foi de 4,2%.

Mesmo com a melhora na confiança dos micro e pequenos empresários, a maior parte dos entrevistados ainda avalia que as condições gerais da economia e de seus negócios pioraram no último semestre, tendo em vista que o indicador segue abaixo do nível neutro de 50 pontos.

O Indicador de Confiança é composto pelo Indicador de Condições Gerais e pelo Indicador de Expectativas. Por meio das condições gerais, busca-se medir a percepção dos micro e pequenos varejistas e empresários de serviços sobre os últimos seis meses. Já por meio das expectativas, o indicador busca medir o que se espera para os próximos seis meses.

O Indicador de Condições Gerais, que avalia a percepção do micro e pequeno empresariado sobre o desempenho de suas empresas e da economia brasileira nos últimos seis meses, avançou de 21,32 pontos para 25,53 na comparação entre julho e o mesmo mês do ano anterior.

Em termos percentuais, 77,7% consideram que a economia piorou nos últimos seis meses. Embora elevada, esta é a menor proporção observada desde o início da sondagem. Apenas 6,4% consideram ter havido melhora. Em relação aos seus negócios, a proporção dos que relatam piora é ligeiramente menor (66,7%), enquanto a proporção dos que relatam melhora, um pouco maior (7,5%).

Desde o início da série histórica, os micro e pequenos empresários demostram mais pessimismo com a economia do que com os negócios. Em julho, para aqueles que consideram ter havido piora dos negócios, a crise é o principal motivo das dificuldades: 81,6% dizem que por sua causa as vendas diminuíram. Outros 7,3% mencionam o aumento do preço dos insumos e da matéria-prima sem que pudessem repassar para o consumidor.

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