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Com queda no preço das matérias-primas e desvalorização das bolsas chinesas, o comércio internacional deve apresentar os piores resultados desde 2009 neste ano. Foto: Glyn Lowe/Flickr

De acordo com o Escritório Holandês de Análise de Política Econômica, o fluxo de bens pelo mundo retraiu 1,5% no primeiro trimestre e 0,5% no segundo trimestre de 2015. Com estes resultados, o comercio mundial se encaminha para os piores resultados desde a queda das exportações de 2009, em plena crise econômica internacional. Na época, a economia mundial sofria a pior contração em 70 anos.

A Organização Mundial do Comércio (OMC), que já havia revisado duas vezes os índices de crescimento do comércio, de 5% para 4,3% e depois para 4%, se vê obrigada a refazer os cálculos. Em abril, quando foi feita a segunda revisão, o presidente da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, afirmou que o crescimento havia sido bastante frustrante e que, olhando para o futuro, a previsão é de uma recuperação ainda mais lenta do que esperado.

Entre as principais razões para a baixa atividade do comércio mundial estão a desvalorização das bolsas chinesas e o preço das matérias-primas. A OMC também destaca a desaceleração das economias europeias, visto que, se considerada como um bloco isolado, a União Europeia supera a China como maior importador internacional.

Impactos no Brasil

Mais do que no volume de exportações e importações, a contração do comércio internacional foi sentida principalmente nos preços. Só na América-Latina, enquanto as vendas sofreram queda de 0,2%, o valor dos produtos caiu 2,3% no ano.

Com a desvalorização do gigante asiático, países emergentes cuja balança comercial se apoia principalmente na exportação de commodities, são os mais afetados. Só nesta semana, depois da montanha-russa das ações chinesas, com quedas de até 8,3% na bolsa de Xangai e de 4,66% no índice Nikkei, as moedas do mundo todo sofreram o impacto.

Na terça-feira, 25, o dólar fechou acima dos R$ 3,60, o maior valor dos últimos 12 anos. Com isso, o Brasil se apoia no maior volume de exportações para equilibrar a balança comercial.

Com informações do Estado de S. Paulo e do El País Brasil.

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