vendas no natal

Pouco otimistas, muitos comerciantes não estão apostando suas fichas nas vendas no Natal. Segundo uma pesquisa realizada em todas as capitais e no interior pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) somente três em cada dez (27,9%) comerciantes pretendem investir em seus estabelecimentos para a data. No ano passado o percentual era de 32,8%.

Os que garantem que não farão investimentos somam 65,4% dos varejistas consultados. A intenção de realizar novas contratações, incluindo mão de obra temporária, também é pequena: apenas 13,9% disseram que irão aumentar o quadro de funcionários no período. A maioria (84,8%) não contratou e nem pretende contratar.

Na média, os comerciantes entrevistados projetam uma queda de 1,8% no volume de vendas para o final deste ano na comparação com o mesmo período de 2015.

Quatro em cada dez (37,3%) comerciantes acreditam que as vendas de final de ano serão iguais as de 2015. Os que acreditam em vendas mais fracas representam 28,0% dos empresários consultados. Por outro lado, os otimistas somam 23,6% da amostra.

Entre aqueles que acreditam em vendas  no Natal, a realidade econômica do país ajuda a explicar o pessimismo: 22,4% citam o desemprego como justificativa, enquanto 16,9% mencionam o orçamento mais apertado das famílias.

Um em cada dez (11,7%) comerciantes demitiu algum funcionário nos últimos três meses, sendo que mais da metade (52,3%) desses varejistas tomaram a decisão dada a necessidade de reduzir a folha de pagamento da empresa, ainda que precisasse do funcionário.

A pesquisa revela ainda que levando em consideração os comerciantes que não irão realizar investimentos no período, as principais razões são a baixa perspectiva de aumento da demanda de clientes (46,9%) e desalento com o histórico de vendas ao longo de 2016 (13,1%).

Para os comerciantes que têm intenção de investir no estabelecimento para o Natal – e que representam a minoria dos entrevistados -, os principais tipos de investimentos serão ampliação do estoque (52,5%), aumento da variedade de produtos (41,5%) e divulgação da empresa (26,7%).

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