IPC-S cai 0,16% com relação à semana passada. Principal contribuição para o recuo do índice foi a redução na tarifa de ônibus urbano.
IPC-S cai 0,16% com relação à semana passada. Principal contribuição para o recuo do índice foi a redução na tarifa de ônibus urbano. Foto: Agência Brasil.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) apresentou variação de 0,07%: queda de 0,16% com relação à taxa registrada na semana passada. O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que a principal contribuição para o recuo do índice partiu do grupo de transportes (-0,01% para -0,44%), devido à redução na tarifa de ônibus urbano, que passou de 0,51% para -1,59% após os protestos das últimas semanas.

Ao todo, seis das oito classes de despesas que compõem o índice apresentaram decréscimo. Além dos transportes, houve queda nos grupos de alimentação (-0,08% para -0,23%), habitação (0,56% para 0,49%), educação, leitura e recreação (0,43% para 0,31%), vestuário (0,18% para -0,03%); e de saúde e cuidados pessoais (0,44% para 0,38%).

Em cada uma destas classes de despesa, destacaram-se hortaliças e legumes (-7,06% para -8,89%), condomínio residencial (0,87% para 0,60%), passagem aérea (8,95% para 3,51%), roupas (0,41% para 0,12%) e medicamentos em geral (0,11% para -0,02%).

O grupo de despesas diversas registrou acréscimo (0,20% para 0,27%), com destaque para o item serviço religioso e funerário, cuja taxa passou de 0,47% para 0,78%. Já o grupo comunicação repetiu a variação da última divulgação, de 0,19%.

Os resultados animaram o mercado, que espera um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, medidor da inflação oficial) baixo em julho e agosto. Isso traria a inflação para dentro do teto da meta, embora, diante do Produto Interno Bruto (PIB) revisado consecutivamente para baixo, a análise é de que a inflação deveria estar ainda menor.

Há a visão dos economistas de que o Banco Central (BC) demorou a agir, mas os últimos reajustes nos juros básicos (Selic) já criaram um clima de expectativa que controlou os índices inflacionários. Apesar disso, as reais consequências da alta da Selic não são esperadas imediatamente, o que pode trazer resultados ainda mais positivos à inflação, mas, também, afetarem negativamente o PIB.

Com informações da Agência Brasil e do Bom Dia Brasil.

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