Com pátios cheios, montadoras lançam promoções para diminuir prejuízo
Após medidas para readequar a produção às vendas em baixa, indústria automobilística recorre às promoções para esvaziar estoques, ainda lotados.

A fase crítica pela qual passam as montadoras de automóveis no Brasil está motivando uma onda de promoções atípicas para atrair os consumidores. Uma marca está anunciando vendas com o mesmo desconto dado aos funcionários, que pode chegar a R$ 10 mil por veículo. Outras oferecem juros zeros, brindes, até seis revisões gratuitas, vale combustível de até R$ 4 mil e taxa zero para financiamentos.

A quantidade de vantagens é grande, mas as fabricantes não estão concentradas somente nas ações promocionais. A Associação Nacional dos Veículos Automotores (Anfavea) tenta, junto ao governo, medidas de flexibilização do crédito, pois acredita que os bancos estão limitando a quantidade de financiamentos, o que atrapalha as vendas. Também tentam revolver as dificuldades de exportação à Argentina, principal importadora dos veículos nacionais. Do lado dos trabalhadores, a Anfavea negocia com as centrais sindicais medidas de proteção aos empregos, para evitar demissões em massa.

Esse clima de agitação encontra explicações nos números: até quarta-feira, de acordo com dados levantados pelo jornal O Estado de S. Paulo, as vendas de automóveis novos caíram 5,9% na comparação com o mesmo período do mês anterior. Em relação a maio do ano passado, as vendas estão 10,3% menores. Os estoques das fábricas e das revendas têm veículos acumulados para 40 dias de vendas.

Enquanto as coisas não melhoram, a indústria automobilística tenta contornar esse período de dificuldades apostando em férias coletivas, suspensão temporária de contratos de trabalho e programas de demissão voluntária. Mesmo assim, as demissões acontecem. Em seis meses, 5,4 mil postos de trabalhos já foram cortados no setor. O governo, no entanto, promete não ficar ausente a essa questão. O ministro Guido Mantega já disse que nenhum setor importante para a composição do PIB ficará sem auxílio do estado.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

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