Com obras atrasadas, aeroportos começam a se adaptar à demanda do país
A entrega do Aeroporto Internacional de Guarulhos na terça-feira, 20, não segue o mesmo padrão de tantos outros aeroportos brasileiros que devem receber os turistas para a Copa do Mundo. No terminal paulista, os equipamentos são modernos, a tecnologia é de ponta e as mudanças procuram atender a expansão do setor aeroportuário. “Ele traz, em um primeiro momento, um novo paradigma de operação e de conforto para a indústria aeroportuária brasileira. Este terminal não fica a dever nada para os maiores aeroportos do mundo”, garante o diretor-presidente do GRU Airport, Antonio Miguel Marques.
Mas quem passar pelos terminais de Porto Alegre, Curitiba, do Galeão (Rio de Janeiro) e de Salvador vai encontrar tapumes, operários e um ritmo acelerado de construção. O pior caso é em Belo Horizonte, onde o saguão do aeroporto divide espaço com as obras, causando um incômodo barulho para os passageiros.
Mesmo que a presidente Dilma Rousseff assegure, como fez na inauguração do Terminal 3 de Guarulhos, que as obras não são específicas para a Copa, mas um legado para o país, a impressão negativa aos turistas será inevitável. “Claro que no primeiro momento, a impressão do turista não vai ser boa. Ele tinha que ser recebido com tapete vermelho. Mas a nossa intenção é reverter esse quadro na hora que ele pisar para fora do aeroporto”, disse o secretário da Copa de Minas Gerais, Tiago Lacerda, à BBC Brasil.
Em Cuiabá e Fortaleza a situação também é preocupante. Terminais provisórios serão montados para atender a demanda, já que as obras não foram concluídas a tempo do Mundial. Em contrapartida, os aeroportos de Recife, Manaus, Brasília e Natal, além de Guarulhos, são os mais bem avaliados pela Secretaria de Aviação Civil.
Guarulhos. Cedo ou tarde, os terminais brasileiros em reforma vão ficar prontos. No caso de Guarulhos, as obras ainda não terminaram. Além da construção do novo terminal, a concessionária iniciará a reforma dos terminais antigos, 1 e 2. A previsão é de que a obra dure 18 meses, com prazo de entrega para o primeiro semestre de 2016.
O plano diretor do aeroporto prevê, ainda, uma série de projetos a serem executados nos próximos 10 anos, como novos edifícios-garagens e investimentos em desenvolvimento imobiliário, com a construção de torres empresariais, hotéis, centro de convenções, entre outros empreendimentos.
Aviação regional. Na inauguração do Terminal 3 de Guarulhos, a presidente Dilma Rousseff destacou os investimentos alocados para a modernização dos aeroportos próximos a cidades médias. Serão, ao total, 270 aeroportos regionais construídos para expandir a infraestrutura aeroportuária do país. “Nós teremos hoje também uma política muito importante, a política de assegurar que o Brasil tenha, numa distância de até 100 km das cidades médias, um aeroporto”, afirmou Dilma.
Com informações do Blog do Planalto, do portal G1 e da BBC Brasil.
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