Com o dólar valendo R$ 1,8450 (cotação desta quarta-feira, 21), a dívida externa brasileira acumulada até julho está R$ 91,8 bilhões mais cara em relação ao menor nível do dólar desde a adoção do regime de câmbio flutuante: de R$ 1,5360, valor atingido no dia 26 de julho deste ano. Esse avanço da dívida é resultado da valorização de 20,12% do dólar no período.

Segundo dados do Banco Central referentes ao setor externo no mês de julho, a dívida externa brasileira total era de US$ 297,092 bilhões, o que correspondia, nesta quarta-feira, 21, a R$ 548,135 bilhões. No dia 26 de julho, a dívida equivalia a R$ 456,334 bilhões. Desse montante em dólares, US$ 49,462 bilhões estão na rubrica de curto prazo, ou seja, com vencimento em até 12 meses. Portanto, apenas a dívida de curto prazo teve um incremento, em reais, de R$ 15,284 bilhões, resultado da diferença entre os R$ 75,974 bilhões que valia em 26 de julho, e os R$ 91,258 bilhões de ontem.

A dívida de longo prazo, com vencimento superior a 12 meses, fechou julho em US$ 247,630 bilhões. Assim, o gasto para o pagamento integral do montante seria de R$ 456,878 bilhões, ante R$ 380,360 bilhões em 26 de julho. Esses números resultam em um acréscimo de R$ 76,518 bilhões no período.

Vale destacar que no dia 26 de julho, o mês de referência da dívida externa usada para os cálculos ainda não havia sido encerrado, mas já estava muito próximo do fim. Ressalta-se ainda que o montante total da dívida externa, segundo o próprio Banco Central, exclui o estoque do principal relativo a empréstimos intercompanhias. Se essa rubrica for somada à dívida externa total, o montante, em julho, seria de US$ 405,705 bilhões.

A maior parte da dívida externa, segundo os dados do Banco Central, é do setor privado. Enquanto governo geral (US$ 60,216 bilhões) e autoridade monetária (US$ 4,616 bilhões) respondiam por US$ 64,832 bilhões da dívida de US$ 297,092 bilhões, bancos (US$ 137,388 bilhões) e outros setores (US$ 94,921 bilhões) deviam, juntos, US$ 232,309 bilhões. Diante desses números, enquanto a dívida externa pública em reais saltou cerca de R$ 20 bilhões, considerando a variação cambial entre o dia 26 e julho e a última quarta-feira, o saldo devedor do setor privado teve avanço de aproximadamente R$ 71,769 bilhões.

Porém, enquanto governo e autoridade monetária não possuíam dívidas de curto prazo, os bancos tinham US$ 44,486 bilhões com vencimento em até 12 meses, com outros US$ 92,852 bilhões no longo prazo. Isso significa que, em reais, o saldo devedor de curto prazo dos bancos saltou R$ 13,746 bilhões. Os débitos de longo prazo cresceram, em reais, R$ 28,691 bilhões.

A dívida externa de curto prazo de outros setores (US$ 4,976 bilhões) era, em julho, relativamente pequena ante o montante total (US$ 94,921 bilhões). Assim, a diferença em reais do valor de curto prazo, entre 26 de julho e a última quarta-feira, seria de R$ 1,538 bilhão. Já para a dívida de longo prazo de outros setores, que era de US$ 89,945 bilhões no fim de julho, a diferença do custo para quitá-la, nesse período, saltou R$ 27,793 bilhões.

Com informações do portal G1.com

    Leia Também

  • Educação financeira

    Economizando em Tempos de Crise: Dicas Práticas para Gerenciar suas Finanças

  • Cinco atividades de lazer que movimentam a economia das grandes cidades

  • Afinal, qual é o melhor curso Ancord?

Comentários

Aprenda a organizar suas finanças, entenda mais de economia para fazer seu dinheiro render e conheça investimentos para incrementar sua renda