Com acordo de resgate, em Bruxelas, Grécia segue na zona do Euro
Depois de 17 horas de reunião de cúpula, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, também representante dos países membros no encontro, anunciou, na manhã desta segunda-feira, 13: “Estamos prontos para iniciar as negociações para o resgate. Não haverá Grexit”. O termo é utilizado paradesignar a possível saída da Grécia da Zona do Euro, uma decisão de poderia afetar negativamente a economia europeia e até mundial, além de impactar a população grega em questões como emprego e pagamento das aposentadorias.
O acordo foi unânime entre os participantes. Segundo eles, a Grécia deverá receber um auxílio entre € 82 e 86 bilhões da União Europeia (UE). O primeiro-ministro grego, Alexis Tripras, teria aceitado este valor com a condição de que a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI) fosse a menor possível.
Foi decidido que a dívida grega poderá ser suavizada caso o país demonstre crescimento daqui para frente. De acordo com a chanceler alemã, Angela Merkel, em nenhum caso haverá perdão da dívida e as medidas de reestruturação não serão discutidas enquanto o resgate grego não passar pelo primeiro exame de resultados. A comissão europeia também deve promover um plano de desenvolvimento para a Grécia como maneira de compensar as políticas de austeridade dos últimos anos.
Como garantia, o país aceitou criar um fundo de privatizações para recapitalizar os bancos e pagar a dívida. O premiê grego, depois de muita discussão, conseguiu garantir que este fundo, no valor de € 50 bilhões, será mantido na Grécia e não em Bruxelas, como era a ideia inicial dos credores. Alexis Tsipras, com esta mudança, pretende evitar a transferência de bens gregos para fora do país.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou que o acordo não foi humilhante para a Grécia. Alguns especialistas, contudo, defendem que, com as decisões, o país perde soberania.
O encontro, que iniciou no domingo e se estendeu até a madrugada desta segunda-feira, aconteceu em Bruxelas e foi o mais longo da história do conselho. O acordo, porém, não está garantido até que o parlamento grego aprove as medidas, o que deve ser decidido nos próximos dias.
Com informações do El País Brasil e do portal G1.
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