Classes C, D e E são as que mais compram sem necessidade
Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 33% dos consumidores entrevistados compram sem necessidade e motivados por promoções. Nas classes C, D e E, esse comportamento é mais frequente, chegando a 35%.
O comportamento também aparece com mais frequência entre as mulheres (38%) e as pessoas de 18 a 34 anos (42%). Outro dado mostra que 22% afirmam ter esse comportamento na maioria das vezes.
Ainda de acordo com o estudo, 42% dos consumidores entrevistados costumam comprar parcelado para conseguir comprar tudo o que querem. Enquanto isso, quatro em cada dez (40%) não procuram meios alternativos para economizar em saídas ou baladas, como reuniões em casa ou na casa de amigos.
Apesar de uma parte considerável dos entrevistados admitir ter atitudes consumistas, o estudo indica que a maioria dos consumidores diz adotar práticas colaborativas ou conscientes com o objetivo de economizar. Oito em cada dez (78%) fazem em casa serviços que poderiam ser contratados fora, como cinema, lanches, manicure e pet shop, 74% utilizam transporte coletivo ou caronas (principalmente as mulheres, 80%, e as classes C, D e E, 78%), e 51% vão aos lugares a pé ou de bicicleta para poupar com transporte (sobretudo entre as classes C, D e E, 55%).
A pesquisa buscou identificar os comportamentos consumistas dos brasileiros, de acordo com seus hábitos relacionados à utilização e à economia de dinheiro. Os resultados considerados no levantamento foram baseados nos entrevistados que concordaram ou discordaram das afirmações apresentadas.
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o momento da economia estimula essas atitudes, que são estratégias capazes de fazer com que o orçamento renda mais. “Abrir mão da comodidade de contratar um serviço fora de casa, ou de gastar com algum item supérfluo, pode ser a diferença entre o equilíbrio e o desequilíbrio financeiro. É importante que o consumidor faça a distinção entre o que é necessidade e o que é desejo, e, nesse segundo caso, tenha clareza de quanto ele pode gastar”, afirma.
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