A crise financeira mundial mudou a disposição no ranking de competitividade global, atingindo diretamente países como os Estados Unidos, a Grécia, Portugal e a Espanha. A conclusão é do International Institute for Management Development, com sede em Lausanne, na Suíça.

Pela análise do instituto, Cingapura está em primeiro lugar, seguido por Hong Kong e pelos Estados Unidos. É a primeira vez, em dez anos, que os Estados Unidos são ultrapassados por outro país, no caso, Cingapura. O Brasil aparece em 38º lugar.

Além de Cingapura, Hong Kong e dos Estados Unidos, ocupam as primeiras posições a Suíça, a Austrália, a Suécia, o Canadá, Taiwan, a Noruega e a Malásia. Porém, países como o Brasil, que ficou atrás da China (18º lugar) e da Índia (31°) e à frente da Rússia (51°), teriam sido favorecidos pela ação conjunta por intermédio do Bric, bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia e China.

No relatório do instituto, Cingapura, Hong Kong e os Estados Unidos são chamados de “trio de ponta” por seu destaque. Países como a Austrália (que ocupa a 5ª posição), Taiwan (8º lugar) e a Malásia (10ª posição) teriam sido beneficiados pelo crescimento econômico da Ásia de forma geral.

A Suíça, quarta da lista, é elogiada por implementar uma política econômica considerada sólida, baseada em um déficit baixo, na atenção à dívida pública, aos números da inflação e do desemprego e no estímulo à exportação. Dos países nórdicos, os destaques são a Suécia (6ª posição) e a Noruega (9º lugar), mas a Dinamarca (13ª posição) é criticada por manter um “clima pessimista”.

No conjunto de países apontados como “tradicionais competidores”, a liderança é da Alemanha (16ª posição). A economia alemã, segundo a pesquisa, seria estimulada pelo intenso comércio favorecido pela exportação de manufaturados. Em seguida vêm a Inglaterra (22º lugar), a França (24ª posição), o Japão (27º lugar) e a Itália (40ª posição).

A crise econômica que atinge parte da Europa afetou a análise sobre alguns países, como a Espanha (36ª posição), Portugal (37º lugar) e a Grécia (46ª posição). Os três países tentam superar os efeitos da crise promovendo mudanças na política econômica.

Renata Giraldi / Agência Brasil
Edição: Nádia Franco

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