Ciclo de alta dos juros é interrompido pelo Copom e Selic fica em 11%
Passaram-se 13 meses e nove reajustes consecutivos até que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidisse frear o aumento da taxa básica de juros (Selic), que ficou em 11% após decisão unânime anunciada na noite de quarta-feira, 28 pela autoridade monetária.
Este patamar já era esperado pelo mercado, até porque o Copom deixou uma pista do que seria decidido desta vez na ata da última reunião do colegiado. De acordo com o BC, a decisão de interromper o ciclo de alta da Selic se dá pela necessidade de aguardar mudanças efetivas desses reajustes na inflação. Para o órgão, parte “relevante” do aumento dos juros implementado até agora ainda não surtiu plenos resultados.
Desde abril do ano passado a Selic vinha sendo reajustada, como maneira de tentar frear a inflação crescente. A taxa saiu da mínima histórica, 7,25%, até chegar aos atuais 11% em abril deste ano. A expectativa do mercado financeiro é de que ainda haverá mais uma alta em 2014, fixando a taxa de juros em 11,25% em dezembro.
As decisões do BC com relação à taxa de juros têm por objetivo controlar o índice inflacionário medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cuja meta central até o ano que vem é de 4,5%, com dois pontos de tolerância para mais ou para menos. Atualmente, a inflação acumulada em 12 meses está em 6,28%, quase o teto da meta. E é função da autoridade monetária buscar recursos para convergir o índice para o centro.
Com os juros maiores, o crédito no mercado fica mais restrito, segurando o consumo e, teoricamente, freando a inflação. No entanto, o crescimento da economia também fica prejudicado, por isso o BC precisa encontrar um ponto de equilíbrio para que os juros altos demais não prejudiquem o avanço da economia.
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