China

A China quer ter o Brasil como um parceiro multilateral, que apoie o esforço de combate ao protecionismo global. A afirmação foi feita Li Jinzhang, embaixador do gigante asiático, na última terça-feira (8), durante a Expogestão, em Joinville (SC).

De acordo com o diplomata, o comércio bilateral entre a China e o Brasil cresceu 30% no ano passado, alcançando US$ 87,5 bilhões. Os chineses são responsáveis por 43% do valor das exportações brasileiras de soja, de 22% do minério de ferro e de 15% de óleos brutos de petróleo.

A meta, segundo Jinzhang, é aumentar esses números, em mão dupla, abrindo oportunidades aos investidores brasileiros na China e também o Brasil liberalizando sua política comercial para atrair investimentos chineses.

“Nestes seis anos em que sirvo no Brasil, vejo os altos e baixos pelos quais passa o país”, afirmou o embaixador, tomando como exemplos dessa instabilidade as três capas da revista britânica The Economist (a rápida subida do Cristo Redentor a jato, a queda brusca e nova retomada, agora num balão de gás).

“No momento – continuou –, focamos nas metas de curto, médio e longo prazos, mas vemos uma perspectiva global de longo prazo na relação entre os dois países. Queremos ser parceiros que caminham juntos.”

Voltando a reforçar a necessidade de as duas nações comungarem de uma visão global a longo prazo, o embaixador destacou: “Vamos enfrentar juntos o protecionismo”. Do seu lado, o diplomata lembrou recentes medidas tomadas pelo governo chinês, visando atrair e facilitar os investimentos estrangeiros, entre elas a redução dos impostos sobre importação.

Foto: André Kopsch/Divulgação

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