China atinge menor inflação mensal dos últimos cinco anos em novembro
A Agência Nacional de Estatísticas chinesa anunciou nesta quarta-feira, 10, que a inflação mensal do país caiu para 1,4% em novembro. É a menor em cinco anos. Com esse resultado, a inflação anual da gigante asiática fecharia em 2% de média, sendo que a meta proposta pelo governo foi de 3,5%.
O índice de preços ao consumidor (a inflação) caiu dois décimos em relação ao percentual de setembro e outubro, quando atingiu 1,6%. Metade da queda comparada com agosto, quando o ICP era de 2%.
A agência ainda revelou os índices do IPP, o índice de preços ao produtor, que atingiu o 33º mês de queda, recuando 2,7% em relação ao ano de 2013. É o crescimento registrado mais fraco em 24 anos. No dia 21 de novembro deste ano, o Banco Central cortou inesperadamente a taxa de juros, depois de um longo período sem grandes mudanças.
Especula-se que com essa desaceleração mais evidente o governo chinês vá revisar as metas de inflação e crescimento do PIB na Conferência de Trabalho Econômica que acontece esta semana, reunindo autoridades do país. A reunião propõe uma revisão do desenvolvimento econômico de 2014 e o planejamento para o próximo ano. Além da redução da meta de crescimento, analistas esperam novas medidas de estímulo.
No Brasil, as previsões para a alta do IPCA (a nossa inflação) subiram nos últimos meses enquanto a previsão para crescimento do PIB baixou. Em 17 de novembro, informações coletadas pelo Banco Central apontavam para uma alta de 6,40% no IPCA e de 0,21% de PIB. Uma semana depois, no dia 24, o mercado financeiro divulgou expectativa de uma inflação ainda mais alta (6,43%) e de um recuo para 0,20% no PIB.
A situação prevista se agravou nesta segunda-feira, 8, quando a pesquisa Focus (feita pelo Banco Central com o mercado financeiro) revelou um prognóstico de 6,5% no IPCA e 0,8% no Produto Interno Bruto de 2014. Caso estes números se concretizem, será a menor expansão do PIB desde 2009, quando fechou o ano com 0,33% de retração.
Segundo a pesquisa, a taxa Selic prevista para o final do ano que vem também subiu de 12% para 12,5%. Atualmente, os juros básicos estão em 11,75%.
Com informações do Globo, G1, da Revista Época e do InfoMoney
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