Cheque pré-datado começa e entrar em desuso no Brasil
Muito utilizado pelos brasileiros por muitos anos, o cheque pré-datado vem perdendo força no país e começa a entrar em desuso. Segundo a pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), quase metade dos consumidores que possuem cheque (47,5%) nunca utilizam essa forma de pagamento na modalidade pré-datada.
O percentual aumenta ainda mais entre os residentes das capitais (57,6%) enquanto diminui na comparação com os moradores do interior (38,3%). Os principais motivos para a baixa utilização do uso do cheque pré-datado são a preferência pelo cartão de crédito na hora de parcelar devido à maior segurança (35,8%), a falta de praticidade (24,8%) e a preferência pelo pagamento à vista (19,5%).
Para quatro em cada dez (38,6%) brasileiros que usam o cheque pré-datado, ter um prazo maior para o pagamento é a principal justificativa, seguida de poder fazer compra mesmo quando não tem dinheiro (16,6%) e poder parcelar as compras (12,0%).
Roupas e eletrodomésticos são os principais produtos comprados com cheques, mencionados por 22,9% e 19,1% respectivamente, seguidos por produtos alimentícios (17,9%) e eletroeletrônicos (15,2%).
Quem usa cheque pré-datado utiliza papel para controle de gastos
Resistindo às formas de controle de gastos mais modernas que continuam surgindo, como aplicativos no celular, os consumidores que utilizam cheque pré-datado têm como principal mecanismo a anotação em cadernos e agendas, feito por 37,0% dos entrevistados. Um terço afirma que anota o valor pago no próprio canhoto e apenas 18,1% fazem os registros em alguma planilha no computador.
Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, ainda que o uso do cheque como forma de pagamento não seja muito usual, ele deve entrar na lista de prioridades de controle de gastos, já que é uma modalidade que permite o parcelamento de compras.
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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