Cesta básica fica mais cara em dez capitais, mostra pesquisa do Dieese
O valor da cesta básica subiu, na passagem de agosto para setembro, em dez das 17 capitais onde é feita a apuração do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Mais uma vez, a cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 245,86), com alta de 3,01%. No mês passado, a cesta básica na capital gaúcha havia apresentado custo médio de R$ 238,67%, 0,51% acima do constatado em julho.
O maior reajuste, entretanto, ocorreu em Florianópolis, onde a cesta básica teve aumento de 3,57%, passando a custar R$ 224,26. Em São Paulo, os itens básicos ficaram 1,86% mais caros e chegaram a R$ 229,89, o segundo maior valor entre as 17 capitais pesquisadas.
Entre as sete cidades que registraram queda, a retração mais expressiva foi observada em Goiânia (-7,82), onde foi preciso desembolsar R$ 181,29 para comprar uma cesta básica. A capital goiana apresentou o segundo menor valor, atrás apenas de Sergipe, onde a cesta passou a custar R$ 164,50, 2,12% a menos do que no levantamento de agosto.
No acumulado do ano, de janeiro a setembro, o valor da cesta básica diminuiu em 15 das 17 capitais, na comparação com os dados de igual período do ano passado. Houve alta apenas em Belém (1,57%) e em Salvador (1,36%).
A pesquisa mostra que o açúcar foi o produto com maior reajuste (7,3%), seguido da batata (7,1%) e do tomate (6,1%). Já entre os que ficaram mais baratos estão o leite (-6,1%), o feijão (-6,1%) e o arroz (-1,8%).
Pelos cálculos do Dieese, o trabalhador precisaria de uma renda mínima de R$ 2.065,47 para arcar com as despesas da família, levando em consideração o maior valor da cesta encontrado. No levantamento anterior, o vencimento estimado foi de R$ 2.005,07.
Segundo a pesquisa, para conseguir comprar os produtos da cesta básica, o trabalhador que ganha o salário mínimo (R$ 465) tem que cumprir uma jornada de 96 horas e 23 minutos, ante o total de 96 horas e 37 minutos da apuração passada. Houve queda também na comparação com os dados referentes a setembro de 2008, quando o tempo necessário foi calculado em 106 horas e 37 minutos.
Agência Brasil / Marli Moreira
Edição: Juliana Andrade
Comentários
Ainda não há nenhum comentário para esta publicação. Registre-se ou faça login e seja o primeiro a comentar.