Gerar a própria energia elétrica a partir de fontes renováveis é uma alternativa que vem crescendo entre os consumidores brasileiros. Prova disso é que a geração distribuída no Brasil registrou em 2015 o total de 1.307 novas adesões de consumidores, somando uma potência instalada de 16,5 MW e totalizando 1.731 conexões.

Desde 2012, quando foram registrados os três primeiros projetos, a geração distribuída vem crescendo consideravelmente, já que em 2013 foram verificados 75 instalações. Se comparado com o ano de 2014, quando registrado 424 conexões, o número de adesões quadruplicou em 2015, passando para os atuais 1.731 adesões.

Com 1.675 adesões, a solar é a fonte mais utilizada pelos consumidores. Na sequência vem a eólica, com 33 instalações. O estado com o maior número de micro e minigeradores é Minas Gerais, com 333 conexões. Depois, vem o Rio de Janeiro, com 203, e o Rio Grande do Sul, com 186.

Com o aprimoramento na Resolução Normativa nº 482/2012, que criou o Sistema de Compensação de Energia Elétrica e permite que o consumidor instale pequenos geradores, tais como painéis solares fotovoltaicos e microturbinas eólicas, são estimadas 1.230.000 unidades de micro e minigeração até 2024, o que representaria 4.500 MW de capacidade. As novas regras começam a valer a partir de 1º de março de 2016.

Para aprofundar as ações de estímulo à geração de energia pelos próprios consumidores, com base nas fontes renováveis de energia, o Ministério de Minas e Energia (MME), lançou em dezembro de 2015, o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD).

Com investimentos de pouco mais de R$ 100 bilhões até 2030, o Programa prevê que 2,7 milhões de unidades consumidoras poderão ter energia gerada por elas mesmas, entre residências, comércios, indústrias e no setor agrícola, o que pode resultar em 23.500 MW (cerca de 48 TWh produzidos anualmente) de energia limpa e renovável, o equivalente à metade da geração anual da Usina Hidrelétrica de Itaipu.