Candidato tucano afirma que é preciso resgatar a confiança no país
Aécio Neves, candidato à presidência pelo PSDB, em entrevista com os presidenciáveis para o Bom Dia Brasil falou sobre o baixo crescimento da economia, a recessão que o país sofreu este ano, a inflação alta e dados do superávit primário. Além disso, abordou os indicadores sociais do Brasil.
Por não ter apresentado um plano de governo, Aécio foi por diversas vezes questionado pelos jornalistas sobre como pretende mudar a situação econômica do país. Em resposta, disse que é preciso resgatar a confiança dos mercados para garantir a recuperação dos investimentos e organizar as agências reguladoras para em médio prazo diminuir a taxa de juros e aumentar os investimentos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). O candidato tucano argumentou que de 1995 até o início de 2011 o PIB do Brasil cresceu na média da América Latina e hoje, a previsão é que não ultrapasse 2%.
O candidato tucano lamentou o fato, segundo ele, de que este ano o superávit primário, economia feita para pagar juros da dívida pública, ficará próximo de zero. Nos sete primeiros meses do ano, ele apontou R$ 24,66 bilhões, 54,7% menor do que no mesmo período do ano passado.
O fator previdenciário, medida estabelecida no governo FHC (PSDB), também foi tema da entrevista. Aécio se comprometeu em discutir alternativas para substitui-lo por algo com menos impacto na renda do aposentado. “Acabar o fator previdenciário sem colocar algo no lugar seria uma leviandade”, justificou. No que tange o reajuste do salário mínimo para os próximos anos, Aécio disse que já está precificado, baseado na economia dos últimos anos. “Nós vamos ter no ano que vem um reajuste de 2,5%, que foi o IPCA de dois anos atrás. No ano de 2016 será de 1%, em 2017 de 0,3% que é o crescimento deste ano”, explicou.
Uma das propostas apresentados pelo tucano é um programa para o Nordeste que permitirá um aumento per capita dos investimentos na região. Como metas, aumentar e qualificar programas de infraestrutura e de logística. “Estabeleci metas para, por exemplo, em oito anos, dez anos diminuir os homicídios e fazer com que o Ideb alcance a média nacional”, acrescentou. Por várias vezes o candidato deu exemplos baseado em sua atuação política em Minas Gerais. Citou o Programa Poupança Jovem, que prevê o depósito de R$ 1 mil por ano para cada estudante no ensino médio. O objetivo é combater a evasão escolar.
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