Cai a diferença entre ricos e pobres com ensino médio
Apesar da gritante desigualdade social que vive boa parte do mundo, o Brasil deu, por meio da educação, um passo significativo para amenizar essa realidade. Em dez anos, o país diminuiu a diferença entre jovens mais ricos e mais pobres que concluem o ensino médio, de acordo com a Organização Não Governamental Todos Pela Educação, que fez uma análise nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2005, 18,1% dos jovens de 19 anos, entre os 25% mais pobres da população, concluíam o Ensino Médio. Entre os 25% mais ricos, a porcentagem chegava a 80,4%. Ou seja, havia uma diferença de 62,3% entre os dois grupos. Em 2014, último dado disponível, o cenário mudou. Entre os mais pobres, 36,8% concluíam o Ensino Médio e, entre os mais ricos, 84,9%. A diferença entre os dois grupos ficou em 47,8 pontos percentuais.
Ensino fundamental segue o ritmo do ensino médio
A redução das diferenças entre os mais pobres e mais ricos ocorreu também no Ensino Fundamental. Em 2005, dos jovens de 16 anos entre os 25% mais pobres da população, 38,8% concluíram o Ensino Fundamental. Entre os 25% mais ricos, a porcentagem era 90%. A diferença entre os dois grupos era 51,2 pontos percentuais. Em 2014, entre os mais pobres a taxa de conclusão saltou para 62,7% e, entre os mais ricos, 92,2%, uma diferença de 29,5 pontos percentuais.
Os dados apontam ainda que, nos últimos dez anos, o Brasil avançou 15,4 pontos percentuais na taxa de conclusão do Ensino Médio dos jovens de até os 19 anos. O percentual de concluintes passou de 41,4% em 2005 para 56,7% em 2014. Em números absolutos, isso significa que, nesse intervalo de tempo, os estudantes concluintes passaram de 1.442.101 para 1.951.586.
No ensino fundamental, a taxa de conclusão cresceu na mesma proporção que o Ensino Médio. Aumentou de 58,9%, em 2005, para 73,7%, em 2014. Passou, portanto, de 2.106.316 concluintes em 2005 para 2.596.218, em 2014.
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