Brics vai definir ação conjunta para conter a alta do dólar
Os países do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, vão definir uma ação conjunta do bloco diante da valorização mundial do dólar. O assunto foi tema de conversa na segunda-feira, 24, entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da China, Xi Jinping, em telefonema de quase meia hora.
Nesta terça-feira, 25, Dilma deve discutir o assunto com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e ainda esta semana, falará com os presidentes da Índia, Pranab Mukherjee, e da África do Sul, Jacob Zuma.
“A presidenta Dilma teve uma conversa com o presidente chinês Xi Jinping para discutir a situação financeira após a decisão do Fed [Federal Reserve] da semana passada. Concordaram que é necessária uma coordenação maior entre os países do Brics e avaliar melhor os efeitos disso no mercado financeiro mundial”, informou o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann.
Na última quarta-feira, 19, o Fed, Banco Central norte-americano, anunciou que pode diminuir os estímulos monetários até o fim do ano caso a economia dos Estados Unidos continue a se recuperar. A expectativa do fim da política expansionista tem provocado turbulências no sistema financeiro global nas últimas semanas. Caso a ajuda diminua, o volume de moeda norte-americana em circulação cai, aumentando o preço do dólar em todo o mundo.
Segundo o porta-voz, a estratégia do Brics será decidida em reunião de ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais dos países do bloco em reunião marcada para julho, na Rússia.
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