Uma pesquisa do  Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), realizada com 906 adultos de onze capitais, apresentou 27 selos ambientais para  perguntou se eles reconheciam. O resultado apontou que oito em cada dez consumidores conseguiram identificar pelo menos um dos selos como símbolo do trabalho realizado por governo, empresas ou outras entidades em prol do meio ambiente (81%).

Em Salvador e Brasília os selos ambientais são mais conhecidos: 99% e 96% dos entrevistados, respectivamente, afirmam reconhecer pelo menos um deles. Por outro lado, os residentes de Porto Alegre, Curitiba e Rio Janeiro exibem mais dificuldades em reconhecê-los (50%, 69% e 71% conhecem pelo menos um selo, respectivamente).

Quando analisada a faixa etária e a renda, a pesquisa detectou maior conhecimento entre os jovens de 18 a 24 anos (91%), entre a população de renda mais alta (85% dos que pertencem às classes A e B) e de maior escolaridade (95% entre os que possuem pelo menos o ensino superior incompleto).

O mais conhecido é o selo Procel, do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, que identifica equipamentos e eletrodomésticos de maior eficiência energética. Os resultados mostram que 3 em cada 4 brasileiros (75%) o reconhecem, uma proporção muito acima dos demais selos estudados.

Para 22% dos pesquisados, o segundo selo mais conhecido é o Conpet, que também é conferido aos produtos mais eficientes no uso de derivados de petróleo e gás natural. Na terceira posição está a certificação oficial Produto Orgânico Brasil (14%), que garante o cultivo de alimentos sem agrotóxicos ou fertilizantes artificiais.

Dois outros selos que certificam alimentos orgânicos figuram na lista dos dez mais conhecidos. Na sequência aparece mais um selo de eficiência energética, o Energy Star (13%); e o da ISO 14.001 (12%), que certifica empresas cujas políticas e gestão ambientais apontam para práticas sustentáveis.

Outro aspecto identificado na pesquisa é a baixa confiança dos consumidores na comunicação empresarial das suas qualidades socioambientais. Apenas 37% dos entrevistados acreditam que as empresas comunicam a verdade do que fazem em matéria ambiental e social.