Brasil tem potencial para automatizar metade das atividades de trabalho
Até 2065, mais da metade das atividades de trabalho poderão ser automatizadas com a tecnologia atual e da próxima década. Essa é a conclusão de um estudo realizado pela consultoria McKinsey, que analisou os 54 países que concentram 78% da força de trabalho global.
De acordo com a pesquisa, o Brasil é um dos países com maior potencial de automação de mão de obra, em níveis semelhantes aos da China, da Índia e dos Estados Unidos. Por aqui, o percentual estimado é de 50%, o que afetaria 53,7 milhões de empregados. O destaque fica por conta da indústria, tem o maior percentual de empregos automatizáveis no país, com 69% dos postos.
A estimativa, de acordo com a publicação, é de que entre 2036 e 2065 deve-se chegar à metade dessas substituições, que dependem do barateamento das tecnologias frente à mão de obra, do dinamismo do mercado e da aceitação social. Esse processo pode elevar, anualmente, o PIB global entre 0,8% e 1,4%, nesse período.
Os empregos que podem ser substituídos pelas máquinas têm um custo de US$ 89 bilhões por ano no Brasil (R$ 275 bilhões) e US$ 14,6 trilhões no mundo (R$ 45,2 trilhões), o equivalente a 1,2 bilhão de trabalhadores, metade da força de trabalho mundial.
O estudo pondera, no entanto, que menos de 5% das atividades são candidatas à automação completa. A maioria das profissões tem potencial de automação parcial. Cerca de 60% de todas as ocupações têm, ao menos, 30% de atividades que podem ser feitas por máquinas.
Os realizadores do estudo afirmam que as máquinas tendem a avançar mais em funções como coleta e processamento de dados e trabalho físico em ambientes altamente previsíveis, como o chão das fábricas, onde as mudanças são relativamente fáceis de antecipar.
A automação vai gerar impacto em todos os níveis, como um quarto da atividade dos CEOs. A análise de relatórios e dados para tomar decisões, por exemplo, já poderia ser substituída por máquinas capazes de processar dados e emitir conclusões.
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