O governo brasileiro pode fazer novas emissões de títulos em dólares conhecidos como Global Bonds este ano no exterior com o objetivo de melhorar a qualidade da dívida do país em moeda estrangeira e também substituir títulos antigos por novos.

Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, a nova venda de títulos no exterior tem o objetivo de criar um “ponto de referência claro” para novas emissões de papéis da dívida, tanto por parte do governo quanto das empresas nacionais frente à nova situação econômica e fiscal do país.

A última emissão do governo de Global Bonds ocorreu em julho, quando o Tesouro Nacional captou US$ 500 milhões em papéis brasileiros vendidos nos mercados europeu e norte-americano e US$ 25 milhões no mercado asiático. Nessa operação foram vendidos títulos com vencimento em 20 de janeiro de 2037.

Arno Augustin destacou que essas operações terminam servindo de parâmetro no mercado externo e auxiliam, não só o governo, mas o setor privado na emissão de títulos da dívida externa no mercado internacional, além da troca de papéis mais antigos por outros de melhor qualidade.

“Basicamente, esse é o motivo pelo qual o Brasil faz as emissões. Substituir títulos antigos, ainda do tempo em que a economia não tinha a força que tem – ou melhor, em que a situação fiscal não era a mesma que temos hoje -, por títulos novos que refletem essa circunstância”.

Augustin destacou a forma como o Brasil reagiu à crise econômica que abalou o mundo no ano passado e teve impacto no país a partir de setembro. Ele também falou da melhora do ambiente que existe hoje no mercado internacional.

“Temos hoje um ambiente melhor do ponto de vista da reação que a economia mundial teve ao longo do último período à crise internacional. A gente tem, sim, um ambiente melhor”, disse.

Para Arno, diante dessa melhora, aos poucos o mercado passará a ter maior tranquilidade de forma a tornar mais positivo o crescimento econômico.

Daniel Lima – Agência Brasil