A relação entre Brasil e Argentina deve ficar mais ágil. Isso porque foram assinados dois acordos comerciais que prometem melhorar o fluxo de mercadorias. O primeiro cria o Certificado de Origem Digital e o segundo trata-se de uma cooperação em facilitação de comércio entre os dois países e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O certificado é um documento eletrônico que atesta a origem da mercadoria e atende a rígidos padrões de segurança, dando maior confiabilidade à transação comercial. Na prática, ele elimina papéis e burocracia excessiva. Com isso, pode representar uma economia de custos de pelo menos 35% na emissão do documento.

Já o acordo prevê a troca de informações técnicas e de experiências no desenvolvimento do comércio exterior, na harmonização e simplificação de processos e exigências de dados, na coordenação das ações de agentes intervenientes no comércio exterior e na promoção da transparência nas relações comerciais bilaterais.

A importância desses acordos comerciais se dá pelo fato de que a Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. De janeiro a julho de 2016, a corrente de comércio entre os dois países registrou US$ 12,5 bilhões.

Neste ano, as exportações brasileiras para a Argentina caíram 1,8% em relação aos primeiros sete meses de 2015, passando de US$ 7,6 bilhões para US$ 7,5 bilhões. A participação da Argentina nas exportações brasileiras em 2016 é de 7%.

No acumulado do ano, o Brasil registra superávit de US$ 2,5 bilhões com o país vizinho. As exportações brasileiras para a Argentina apresentam a seguinte composição: 93,5% de manufaturados, 3,2% de produtos básicos e 3% de semimanufaturados. A composição das importações, por outro lado, foi de 75% de manufaturados, 21,6% de produtos básicos e 3,4% de semimanufaturados.