Brasil está comprometido com estabilidade econômica e monetária, diz Rabello de Castro
A estabilidade econômica é uma conquista definitiva da sociedade brasileira. Para o economista Paulo Rabello de Castro, chefe do Conselho de Planejamento Estratégico da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), “O Brasil se casou com a estabilidade, gostou dela e agora não a deixa escapar de jeito nenhum”. Durante o Seminário da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) de Economia, em São Paulo.
Paulo Ravello de Castro fez projeções para a economia em 2009 ao falar em um seminário da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). “O país está de parabéns “porque não temos pressão inflacionário e já ingressamos na era da estabilidade monetária, fiscal, política e social”, disse. Castro, porém, não demonstrou tanto entusiasmo com o futuro. “Este ano jogamos contra um time fraco. Em 2009 os ventos mudam, teremos que correr mais, nos esforçarmos mais”, disse. Em sua opinião, o importante é aumentar a produtividade e criar novas práticas organizacionais. “Mas temos tudo para sairmos vencedores desta crise”, falou.
Crescimento e Crédito
Para o economista, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá até 2% no ano que vem e será um feito extraordinário. “É para tirar fotos, porque dificilmente isso vai se repetir”, afirmou. Segundo ele, os outros países não crescerão: “Pequim, por exemplo, já está em crise”. As estimativas da Febraban para 2009 é de um crescimento de cerca de 3% do PIB.
O crédito tende a crescer mais, em torno de 15% a 20 %, de acordo com as previsões da Febraban. “Os países emergentes crescerão menos, enquanto os demais terão uma recessão”, disse Rubens Sardenberg, economista-chefe da instituição. “O dinamismo na economia será menor porque a massa salarial está decrescendo”, completou.
Já o economista-chefe do Banco do Brasil, Uílson Melo Araújo, prevê uma desaceleração para o crédito em 2009 se comparado com os anos anteriores. “O primeiro trimestre tende a ser ruim, mas devemos nos recuperar a partir do segundo trimestre de 2009”, explicou.
Agência Brasil / Ivy Farias
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