Em 2016, a Coordenação Geral de Imigração (CGIg) do Ministério do Trabalho concedeu 28.658 autorizações de trabalho para estrangeiros no Brasil. A maioria foi para pessoas do sexo masculino, que receberam 25.393 concessões, contra apenas 3.265 para pessoas do sexo feminino. A idade média ficou entre 20 e 49 anos.

No período, os norte-americanos foram os que mais receberam autorizações, com 3.952 concessões. Os demais países que tiveram os pedidos atendidos foram, nesta ordem, Filipinas (2.841), Reino Unido (1.844), Índia (1.675), Itália (1.664), Espanha (1.389), Alemanha (1.228) e França (1.204). A metade foi para trabalhadores com curso superior completo.

Em relação ao número de imigrantes que solicitaram permanência no Brasil ao CNIg, responsável por formular a política migratória brasileira, o Ministério do Trabalho informou, durante reunião do Conselho Nacional de Imigração, que foram concedidas, em 2016, 1.156 autorizações.

A maioria dos imigrantes que recebeu a autorização do CNIg são de Gana (397), Senegal (226) e Bangladesh (123). Quase todos são do sexo masculino – foram 1.050 homens e 106 mulheres. A maioria tem entre 20 e 49 anos.

O Ministério do Trabalho explica que a autorização de trabalho é pré-requisito para os estrangeiros solicitarem o visto de trabalho no Brasil. E, ao contrário do que ocorre nos casos de vistos humanitários, em que os imigrantes são, em sua maioria, de países pobres e têm baixa escolaridade, as autorizações de trabalho são normalmente solicitadas por pessoas de países desenvolvidos e com formação acadêmica.

Enquanto isso, em cinco anos, o número de trabalhadores imigrantes no mercado de trabalho formal brasileiro aumentou 131%. Entre 2010 e 2015, de acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), esse número passou de 54.333 para 125.535 trabalhadores. Mesmo com o crescimento, essa parcela da mão de obra corresponde a menos de 0,5% do total.