Em abril, o investimento estrangeiro no setor produtivo brasileiro teve um aporte maior. Foram US$ 6,8 bilhões direcionados ao país, volume 18,1% maior que o registrado em igual período do ano passado. No acumulado do ano, o ingresso de recursos chegou a R$ 23,7 bilhões, cifra 29,8% superior que a do primeiro quadrimestre de 2015.

Os dados são do Banco Central, que espere um aporte total de US$ 60 bilhões de investimentos externos até o fim do ano. Em abril, o seguimento que mais recebeu recursos foi o de serviços, com US$ 2 bilhões. Esse volume foi dividido principalmente por comércio (US$ 490 milhões), serviços financeiros e atividades auxiliares (US$ 382 milhões), aluguéis não imobiliários (US$ 245 milhões), saúde (US$ 228 milhões) e armazenamento e atividades auxiliares de transporte (US$ 196 milhões).

A indústria, no mês passado, recebeu, US$ 1,78 bilhão.  A maior parte foi direcionada para a produção de produtos minerais não metálicos, que atraiu US$ 477 milhões. O seguimento de veículos captou US$ 291 milhões, e o de equipamentos de transporte, US$ 227 milhões. Fora da indústria, o seguimento de extração de petróleo e gás natural atraiu US$ 123 milhões o de minerais metálicos, US$ 154 milhões.

A origem do investimento estrangeiro

A Espanha foi o país que mais investiu no Brasil e, apenas no mês passado, enviou US$ 855 milhões. A lista de investidores segue com Luxemburgo (US$ 762 milhões), Estados Unidos (US$ 519 milhões), Holanda (US$ 497 milhões) e China (US$ 222 milhões).

Os brasileiros, em contrapartida, também ampliaram investimentos fora do país. No mês passado, esses aportes somaram US$ 1,19 bilhão – volume 40,6% maior que o registrado em abril de 2015. No acumulado do ano, os brasileiros colaram US$ 2,658 bilhões em empreendimentos no exterior e, até o fim do ano, essas aplicações devem chegar a US$ 7 bilhões.