No fim de semana pós-Black Friday, o e-commerce brasileiro faturou R$ 950 milhões. Os dados são da Ebit|Nielsen, referência em informações sobre o comércio eletrônico nacional. Na comparação com a mega promoção de 2017, as vendas cresceram 30,4%. O número de pedidos foi de 1,874 milhões, alta de 18,8% ante ao mesmo período do ano passado. O tíquete médio foi de R$ 507, crescimento de 9,8% na mesma base de comparação.

Com o resultado do fim de semana pós-Black Friday, o faturamento no e-commerce ultrapassou R$ 3,55 bilhões nos últimos quatro dias, alta de 25% na comparação com o mesmo período de 2017. De acordo com Ana Szasz, líder comercial para Ebit|Nielsen, os varejistas tinham planejamento feito também para os dias seguintes ao Dia D, que ocorreu na sexta (23). “Os lojistas tinham produto, tecnologia e pessoas trabalhando para garantir as vendas. Além disso, eles foram criativos e guardaram alguns anúncios de oferta”, disse.

Black Friday para os consumidores

Ao verificar os dados relacionados aos consumidores é possível ter uma projeção das razões para o bom desempenho do comércio. Segundo levantamento da Linx, empresa que desenvolve tecnologias para o varejo, o valor médio gasto pelos brasileiros durante da Black Friday 2018 foi de R$ 279,27. O resultado é 64% superior a uma sexta-feira comum, quando o valor gira em torno de R$ 170.

De acordo com a Ebit|Nielsen, a melhora da conectividade e a influência dos grupos de redes sociais, como o WhatsApp, contribuíram para este resultado: 373 mil novos consumidores foram trazidos para o e-commerce, 17% mais do que no evento de 2017. Desta vez, foram 2,1 milhões de compradores únicos (que fizeram pelo menos uma compra), uma alta de 9% em relação ao mesmo período do ano passado.

O mobile commerce (m-commerce) foi destaque novamente. Mais de 1,5 milhões de pedidos foram feitos via dispositivos móveis (celulares e tablets): aumento de 38% em 2018 sobre 2017. O faturamento via dispositivos móveis também cresceu, registrando alta de 48% no período.